Gestores de fundos pedem investimentos de governos e empresas
(Bloomberg) -- Gestores de fundos estão implorando que alguém -- qualquer um -- aumente os investimentos.
Este é o principal resultado da pesquisa mensal do Bank of America Merrill Lynch com gestores de recursos.
Um total líquido de 48 por cento dos consultados entende que a política fiscal está muito rígida em todo o mundo (parcela recorde para quem defende essa visão), enquanto 56 por cento disseram que queriam que as empresas ampliassem o gasto de capital -- um aumento de 10 pontos percentuais nos últimos quatro meses.
Um total líquido de 69 por cento dos consultados diz que as empresas não estão investindo o suficiente, uma fatia próxima do nível recorde dessa pesquisa.
A preferência maior pelos investimentos surge em um momento em que os participantes do mercado não estão recompensando com o mesmo fervor de antes as empresas que escolhem recomprar suas ações. Os gestores de fundos se juntam a um coro crescente de economistas notáveis que têm pressionado por uma política fiscal mais expansiva diante do ambiente de crescimento lento e juros baixos, elogiando os governos do Canadá e do Japão por terem adotado essa trajetória.
A escassez de investimentos é a causa imediata da péssima tendência da produtividade dos EUA. Paralelamente, surgem alertas (como o colapso do sistema de informática da Delta) de que a falta de investimento pode causar estragos nas operações e no desempenho financeiro das empresas.
Analistas ressaltam a necessidade de se manter condições favoráveis para os investimentos das empresas no contexto da normalização da política monetária pelo banco central dos EUA (Federal Reserve).
Contudo, os mesmos investidores consultados pelo Bank of America talvez precisem ser cuidadosos com o que desejam, porque a maioria não está posicionada para um crescimento dos salários que desencadearia maior inflação e tornaria aplicações financeiras mais atraentes em bases relativas.
Os bancos centrais criaram um "espaço seguro" para os investidores, mantendo os juros baixos e estáveis, gerando uma onda de "novo otimismo", mas também uma preferência contínua por ativos que tiram proveito da deflação, e não da inflação, concluiu o estrategista-chefe de investimentos do banco, Michael Hartnett.
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