Discriminação laboral por gravidez é criticada no Reino Unido
(Bloomberg) -- As mulheres gestantes ou que foram mães recentemente enfrentam cada vez mais discriminação no ambiente de trabalho no Reino Unido e dezenas de milhares são forçadas a abandonar seus empregos a cada ano, segundo um painel de parlamentares que exortou o governo a adotar medidas de proteção semelhantes às da Alemanha.
No total, até 54.000 mulheres perderam seus empregos em 2015 por demissão, corte de vaga ou por terem recebido um tratamento "tão ruim que sentiram que deveriam abandonar seus empregos", disse a Comissão Interpartidária para as Mulheres e a Igualdade do Parlamento britânico, em relatório publicado na quarta-feira. O número era de 30.000 uma década antes.
"A chegada de um novo bebê coloca as finanças de uma família sob extrema pressão, mas, apesar disso, milhares de gestantes e novas mães não têm outra escolha a não ser deixarem seus empregos devido a preocupações relacionadas à segurança de seus filhos ou devido à discriminação por gravidez", disse a presidente da comissão, Maria Miller, em comunicado enviado por e-mail. "A economia terá problemas se os empregadores não modernizarem suas práticas laborais para efetivamente garantirem o apoio e a proteção às gestantes e às novas mães".
O painel exortou o governo a publicar nos próximos dois anos um plano de combate à discriminação. Entre outras recomendações estão o direito a consultas pré-natais pagas, avaliações obrigatórias de riscos de saúde e segurança no local de trabalho para mulheres grávidas e novas mães e proteção maior contra demissões, como na Alemanha.
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