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Citi estimula otimistas em commodities com projeções para 2017

Ranjeetha Pakiam

05/12/2016 13h08

(Bloomberg) -- O Citigroup encorajou os otimistas em commodities ao projetar que a maioria das matérias-primas deve ter um desempenho forte no ano que vem porque o crescimento econômico global vai se recuperar, o excesso de oferta que persegue os mercados finalmente se dissipará e os investidores injetarão mais fundos.

O banco está otimista em relação ao petróleo, ao cobre, ao zinco e ao trigo em um horizonte de seis a doze meses, com um crescimento global estimado em 2,7 por cento, frente a 2,5 por cento em 2016, segundo um relatório enviado por e-mail. O Citigroup está pessimista com relação ao carvão e ao minério de ferro-- ele descreveu como golpe de sorte o desempenho superior das commodities a granel neste ano --, e ao ouro e à soja.

As commodities ressuscitaram neste ano após terem afundado para o preço mais baixo em um quarto de século em janeiro porque o mercado de petróleo dá sinais de estar se reequilibrando após um excesso e os metais básicos avançam diante da perspectiva de crescimento da demanda. O Citigroup sinalizou seu otimista em relação às matérias-primas em 2017 pelo menos desde julho, e outros bancos também se tornaram mais positivos. No mês passado, o Goldman Sachs Group recomendou uma posição overweight pela primeira vez em quatro anos.

"Para as commodities em geral, o excesso de oferta provocado pelos preços altos na primeira década deste século finalmente está se equilibrando", escreveram na nota analistas dirigidos por Ed Morse. "Além disso, as estruturas de custos nas commodities estão chegando ao fim de um período de deflação persistente e recorde."

Advertências

O Citigroup adicionou algumas advertências à sua perspectiva otimista. É provável que a volatilidade aumente à medida que os mercados se reequilibrarem e que acontecimentos na China deslocarem os preços, segundo o banco, que mencionou o possível impacto da política governamental na maior economia da Ásia e um maior fluxo de investidores nos futuros.

Embora a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA possa fortalecer a política fiscal, seu afastamento em relação à globalização poderia representar um risco para a perspectiva de crescimento, disse o Citigroup. A eleição de Trump salienta um risco fundamental, segundo o banco, que identificou o potencial de surgimento de tensões, incluindo guerras comerciais.

Escolhas

Entre as escolhas do banco para 2017, o petróleo poderia superar o desempenho do restante do complexo de energia porque a primeira redução de produção da OPEP em oito anos vai acelerar o reequilíbrio do mercado, segundo o relatório. No cobre, o banco aumentou em 9 por cento a média de preço-alvo para 2017, para US$ 5.575 por tonelada métrica. O metal era negociado a US$ 5.856 às 12h41 em Londres.

O avanço do minério de ferro e do carvão em 2016 "foi um golpe de sorte, principalmente um resultado do fato de a política local da China ter enfrentado forças do mercado que continuam inerentemente pessimistas", afirmou o Citigroup. "A perspectiva geral pessimista para o minério de ferro persiste", segundo o banco, que projetou que os preços cairão em todos os trimestres do ano que vem.