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Fotógrafo ensina como tirar fotos melhores embaixo d'água

James Gaddy

24/01/2017 14h53

(Bloomberg) -- Durante os últimos 15 anos, Benjamin Lowy viajou para alguns dos lugares mais perigosos do planeta, tirando fotos de conflitos no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e em Darfur. Mas uma missão encarregada pela New York Times Magazine sobre a pesca ilegal deu a Lowy, mergulhador certificado desde os 14 anos de idade, uma oportunidade de mergulhar pela primeira vez em anos. "Consegui me lembrar de tudo", disse ele.

Durante o verão passado do Hemisfério Norte, Lowy foi nadar com tubarões, tartarugas, crocodilos e algumas moreias para documentar a vida marina em Jardines de la Reina, uma ilha do litoral de Cuba. Tirar essas fotos, no entanto, "exigiu que eu aprendesse muitas coisas em pouco tempo", disse ele. "A reação das luzes debaixo d'água é diferente da reação em terra -- o espectro de luz é de apenas 4,5 metros, e o flash é diferente também. Você precisa sentir onde está o sol, onde estão as espécies. E a quantidade de controle criativo é diferente. Não dá para ficar completamente imóvel debaixo d'água, porque você está sempre nadando ou boiando. E você tem, digamos, 45 minutos embaixo d'água antes de ter de voltar à tona. Gostei de descobrir todas essas coisas."

Leia a seguir algumas das sugestões de Lowy para aproveitar ao máximo sua aventura subaquática.

Fique na sua profundidade

Para os iniciantes, "acho que não tem sentido fotografar abaixo de 60 metros de profundidade", disse Lowy. "Nós não passamos dos 29 metros porque, depois disso, o nível de mergulho é extremamente técnico e profissional." Qual é o ponto ideal para ele? Entre 12 e 15 metros de profundidade -- você tem um pouco de luz de cima para trabalhar e há uma enorme variedade de vida marinha nessa profundidade. Em Jardines, os tubarões tendem a rondar entre 15 e 25 metros de profundidade, mas isso pode mudar, dependendo do ambiente específico de mergulho e das espécies que vivem nesse ecossistema.

Procure temas de grande porte

"Gosto de animais maiores, peixes maiores", disse ele. "Simplesmente porque há mais com que trabalhar. Não passei muito tempo tirando fotos de espécies de menor porte porque elas exigem outro nível de paciência. Algumas pessoas voltam ao mesmo lugar de mergulho cinquenta vezes só para continuar tirando fotos de uma mesma espécie no mesmo habitat."

Fuja da temporada de chuvas

Acima de tudo, a visibilidade é essencial. Águas mais frias tendem a ser mais cristalinas, mas a temperatura é menos importante que a quantidade de sedimentos. "Você deve buscar águas claras e cristalinas e que a luz do sol atinja o tema de suas fotos. Tentar fotografar depois que uma tempestade remexeu e levantou todos os sedimentos não é ideal", disse ele. "Toneladas de cocô de peixe também não é algo bom."