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Fukakusa, do RBC, foi mulher mais bem paga do setor no Canadá

Doug Alexander

13/03/2017 17h00

(Bloomberg) -- A banqueira mais bem paga de Bay Street estabeleceu uma nova referência para as executivas do setor bancário ? embora elas ainda não apareçam em grande número entre os mais bem remunerados.

Janice Fukakusa, ex-diretora financeira do Royal Bank of Canada, foi a mulher mais bem paga entre os oito maiores bancos do país no ano fiscal de 2016 e embolsou 4,67 milhões de dólares canadenses (US$ 3,47 milhões) em remuneração, excetuando-se aposentadoria. Fukakusa, que também foi diretora administrativa do Royal Bank, se aposentou em janeiro após 31 anos no banco. O máximo que ela recebeu em um ano foi 4,96 milhões de dólares canadenses, por 2014.

Fukakusa, 62, foi uma das poucas executivas veteranas do setor bancário canadense a acompanhar o ritmo remunerativo de seus colegas homens ao longo dos anos. Entre as outras estão Jennifer Tory, também do Royal Bank, que ganhou 4,29 milhões de dólares canadenses como diretora de pessoal e de banco comercial; Colleen Johnston, 58, do Toronto-Dominion Bank, que embolsou 3,1 milhões de dólares canadenses; e Diane Giard, 56, do Banco Nacional do Canadá, que ganhou 2,84 milhões de dólares canadenses.

As mulheres continuam sendo minoria no alto escalão: apenas nove, ou 21 por cento, dos 43 executivos nomeados nos oito bancos são mulheres, de acordo com divulgações regulamentares. Elas receberam 22,3 milhões de dólares canadenses como remuneração pelo ano fiscal concluído em 31 de outubro, ou cerca de 10 por cento dos 214 milhões de dólares canadenses recebidos pelos executivos ao todo.

Nenhuma CEO

"Ainda há um longo caminho pela frente", disse Tanya van Biesen, diretora executiva da Catalyst Canada, uma organização que fomenta a participação feminina no mercado de trabalho, em uma entrevista. "Mas temos visto que os bancos estão muito empenhados em elevar seus números relativos à representação feminina na diretoria."

No entanto, não há nenhuma CEO entre os maiores bancos do Canadá, estendendo uma exclusão vigente há dois séculos. Os EUA, em comparação, têm CEOs de bancos mulheres, como Beth Mooney no KeyCorp, Ellen Alemany no CIT Group e Margaret Keane no Synchrony Financial. No Canadá também não há nenhuma mulher na supervisão de divisões de investment banking, cujos chefes tendem a obter os pacotes de remuneração mais altos depois de CEOs.

O CEO mais bem pago de um banco canadense no ano passado foi David McKay, 53, do Royal Bank, que embolsou 11,5 milhões de dólares canadenses, seguido por William Downe, 64, do Bank of Montreal, com 10,6 milhões de dólares canadenses, e por Brian Porter, 59, do Scotiabank, com 10,1 milhões de dólares canadenses. O diretor de investment banking mais bem pago foi Doug McGregor, 60, do Royal Bank, que recebeu 10 milhões de dólares canadenses como diretor de mercados de capitais e de serviços de investimento e tesouro.

"Os bancos sem dúvida estão desempenhando um papel de liderança no Canadá", disse van Biesen, da Catalyst. "Não faltam energia, empenho e discussões."