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Trump veta avós em nova proibição a viagens aos EUA, diz fonte

Nick Wadhams e Nafeesa Syeed

29/06/2017 15h10

(Bloomberg) -- O governo de Donald Trump emitiu diretrizes para as embaixadas e consulados dos EUA a respeito de como aplicar as novas restrições para viagens aos EUA de refugiados e imigrantes de seis países, programadas para entrar em vigor às 20 horas desta quinta-feira pelo fuso horário oriental do país norte-americano, segundo uma pessoa com conhecimento da medida.

Um telegrama diplomático que descreve as diretrizes define como familiares próximos que teriam permissão para entrar nos EUA pai e mãe (incluindo sogros), cônjuge, filhos pequenos, filhos ou filhas adultos, genro, nora e irmãos (sejam de mesmo pai e mãe, só do mesmo pai, só da mesma mãe ou filhos de padrasto ou madrasta), segundo a pessoa que confirmou os detalhes do telegrama.

Mas a autorização não inclui avós, netos, tios, sobrinhos, primos, cunhados e noivos, nem nenhum outro membro da família extensa, disse a pessoa.

A implantação das medidas, que ocorre após a decisão da Corte Suprema dos EUA, na segunda-feira, que permite o avanço de algumas partes de uma ordem executiva, é encabeçada pelo Departamento de Estado. O calendário tem como objetivo dar a embaixadas e consulados instruções suficientes para implementar o protocolo antes de a medida entrar em vigor, segundo a pessoa, que pediu anonimato porque a medida não foi anunciada formalmente.

A política é uma tentativa de colocar em prática decisão da Corte Suprema de 26 de junho que recuperou o período de 90 dias de proibição de viagem imposto pelo presidente Donald Trump a pessoas que entram nos EUA provenientes de seis países de maioria muçulmana: Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Os vistos existentes serão respeitados, mas os novos candidatos desses países devem provar um relacionamento com pai ou mãe, cônjuge, filho, irmão ou parente próximo do cônjuge que já estiver nos EUA, disse a pessoa.

Os viajantes com vínculos comerciais ou profissionais provenientes desses países também devem exibir uma relação "formal e documentada" que não seja baseada na intenção de driblar a proibição, disse a pessoa. Algumas isenções, inclusive para estudantes e jornalistas, estão incluídas na política, segundo a pessoa.

Após meses de adiamentos à proibição inicial de viagem de Trump e de uma versão revisada, ambas revogadas pela Justiça, a decisão de 13 páginas da Corte Suprema permite que o governo negue a entrada de pessoas desses seis países que atualmente não tiverem vínculos nos EUA. Mas a determinação de quem tem vínculo "bona fide" -- expressão usada pela corte -- é algo que tem dado trabalho aos funcionários do Departamento de Segurança Interna, do Departamento de Estado e do Departamento de Justiça dos EUA desde a emissão da sentença.

As empresas aéreas afetadas pelas novas medidas afirmam que aceitarão a apresentação de documentação legítima para entrada nos EUA como indicativo de que o passageiro cumpre os requisitos. A Emirates, com sede em Dubai, que é a maior empresa aérea de longa distância do mundo e tem voos com saída do Irã e do Sudão, dois países afetados, informou que seus serviços nos EUA operam normalmente.