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Brasil, México e Colômbia enfrentam risco raro: o eleitor

Aline Oyamada

07/11/2017 15h04

(Bloomberg) -- No Brasil e no México, o aumento de apoio a candidatos populistas causa preocupação de Nomura e Pimco de que os novos líderes possam reverter as políticas voltadas para reduzir o déficit fiscal e abrir o setor de energia, respectivamente.

Na Colômbia, um ex-guerrilheiro tem amplo apoio para propostas que incluem aumento de impostos sobre investimentos no mercado de ações e proprietários de terras.

"O crescimento potencial provavelmente dependerá das reformas estruturais", escreveram analistas da Nomura em um relatório de 46 páginas sobre o risco eleitoral latino-americano na semana passada.

"A aprovação de tais reformas requer clareza e determinação por parte do poder executivo e de maioria política do lado legislativo".

As eleições também estão no topo da lista de riscos políticos dos mercados emergentes para Yacov Arnopolin, que ajuda a supervisionar US$ 1,61 trilhão na Pimco. No Brasil, o andamento da Lava Jato pode afetar a corrida presidencial de 2018.

"Todos os eventos políticos merecem ser examinados, pois podem sinalizar a mudança da trajetória de um país", afirmou.

Brasil e México possuem os maiores riscos políticos nos mercados emergentes, disse Sean Newman, da Invesco, mas isso não significa que um aumento do populismo vai prejudicar os mercados financeiros.

"Muitos desses países, México e Brasil em particular, já têm um cenário político populista", afirmou Newman, que ajuda a gerenciar US$ 908 bilhões.

O real liderou perdas entre as principais moedas da semana passada após pesquisa Ibope mostrar Lula e Bolsonaro no 2º turno das eleições de 2018.

"Sob a administração da ex-presidente Dilma Rousseff, o governo experimentou políticas populistas ", disse Rohit Chopra, que ajuda a supervisionar US$ 201 bilhões na Lazard Asset Management em Nova York.

"Este é o maior risco para o país".