MSU Energy argentina busca empréstimo milionário: Fontes
(Bloomberg) -- A MSU Energy está em negociações com quatro bancos para a captação de US$ 250 milhões por meio de um empréstimo sindicalizado, segundo pessoas com conhecimento direto do plano.
A operadora de usinas de energia argentina está negociando com Banco Itaú Argentina, Citigroup, Banco Hipotecario e com a unidade local do Industrial & Commercial Bank of China para garantir a facilidade de pagar a Libor mais uma taxa variável ainda a ser determinada, disseram as pessoas. O empréstimo com amortização deverá vencer em 2023 e alguns dos bancos ainda precisam aprovar as condições, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as conversas são privadas.
Contatados pela Bloomberg News, representantes da MSU Energy e dos bancos não fizeram comentários imediatos.
O empréstimo ajudará a pagar a expansão da capacidade de geração em suas plantas de 450 megawatts para 750 megawatts por meio de conversão para estações a ciclo combinado, disseram as pessoas. O projeto de US$ 470 milhões para adicionar turbinas a gás deverá ser concluído no primeiro semestre de 2020, informou a empresa aos bancos. A fornecedora de turbinas da MSU é a General Electric.
História na soja
A empresa com sede em Buenos Aires pertence à MSU Group, uma produtora de soja argentina fundada em 1860. Em uma tentativa de diversificar o negócio agrícola, a empresa criou a MSU Energy em 2013 para se expandir para o setor de geração de energia. MSU é a sigla de Manuel Santos Uribelarrea, nome do CEO da MSU Energy e também de seu pai.
A MSU recentemente conseguiu contrato para operar três usinas termelétricas: General Rojo e Barker, localizadas na província de Buenos Aires, e General San Martín, na província de Córdoba. Para quitar parcialmente um empréstimo obtido para financiar a construção dessas plantas, a empresa vendeu em janeiro US$ 600 milhões em notas para 2025. A nova expansão da MSU será financiada com recursos do empréstimo sindicalizado e com os recursos restantes da venda de títulos de janeiro, disseram as pessoas.
Com a nova dívida com vencimento em 2023 os detentores dos títulos existentes estarão expostos ao risco de uma dívida adicional que será amortizada antes de suas notas, segundo a corretora TPCG Valores, com sede em Buenos Aires. O investimento também pode oferecer risco devido à alavancagem líquida atual de mais de quatro vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização até 2020, disse a analista Florencia Mayorga Torres. Contudo, é respaldado pela proprietária final da MSU Group, que pode usar terras agrícolas como garantia para levantar recursos, disse ela.
"A MSU é uma maneira boa, mas arriscada, de capitalizar oportunidades no crescente setor de geração de energia da Argentina", disse Torres, em entrevista por telefone. "A empresa carece de histórico operacional, mas tem uma tecnologia comprovada e conhecida de uma fornecedora de equipamentos altamente conceituada."
A MSU Energy prevê a geração de US$ 100 milhões de Ebitda em 2018 e 2019. Os lucros deverão subir para US$ 185 milhões em 2020 e para US$ 197 milhões a partir de 2021, segundo a TPCG.
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