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Cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

Josue Leonel

20/04/2018 13h42

(Bloomberg) -- Mercado deve seguir nas próxima semana monitorando os pré-candidatos, após nomes tidos como alternativos como Marina Silva e Joaquim Barbosa terem emitido alguns sinais favoráveis, embora vagos, aos investidores. Agenda no Brasil é variada, com dados fiscais e de atividade, contas externas e inflação. Noticiário corporativo intenso inclui empresas do setor elétrico e Embraer. No exterior, movimentos de Trump seguem no radar após comentário do presidente americano barrar alta dos preços do petróleo. PIB nos EUA e encontros do BCE e BOJ também podem influenciar os ativos financeiros. Veja os principais temas.

Eleições em foco, mesmo distantes

Embora alguns analisas ponderem que outubro ainda está longe e o mercado só precificará a eleição com as candidaturas postas, a partir de agosto, o cenário político deve se manter no foco dos investidores. Jornais nesta sexta-feira mostram Joaquim Barbosa, do PSB, evitando confirmar candidatura, enquanto o tucano Geraldo Alckmin aposta que outros nomes ficarão pelo caminho. Temer deve fazer pronunciamento nesta sexta. Segundo o Estado, o presidente teria começado a abandonar o discurso de candidato, defendendo nome único do centro.

Trump volta a afetar mercados

Após algumas sessões de certo alívio, sem novas tensões causadas por comentários de Trump sobre a guerra comercial ou a questão Síria, nesta sexta é o petróleo que é abatido por um tuíte do presidente americano. Trump escreveu nesta manhã que os preços do petróleo artificialmente altos não serão aceitos, o que levou à queda dos contratos futuros da commodity. Os ativos vinham subindo ao longo da semana à espera do encontro dos países da Opep. A Arábia Saudita, membro mais influente do cartel, estaria querendo o barril a US$ 80. Sauditas e Emirados Árabes negaram a acusação de Trump.

PIB-EUA e BCs em foco no exterior

Tanto o Banco Central Europeu quanto o BC japonês se reúnem na próxima semana. Ambos estão em rota de normalização de suas políticas, embora variações no ritmo da redução dos estímulos sempre gere volatilidade nos mercados. Nos EUA, destaque para agenda ampla de indicadores, que traz o PIB do 1T, com estimativa de crescimento menor. Bens duráveis e vendas de casas novas também são destaques.

Agenda local variada, mas sem grande destaque

Após IPCA-15 de abril levemente abaixo do previsto não acelerar apostas em cortes dos juros, mercado terá agenda com muitos dados na próxima semana, mas sem nenhum número com maior potencial de impactar os mercados isoladamente. Saem contas externas, resultado do governo central e desemprego nacional de março, além do IGP-M de abril. Há a possibilidade ainda de saírem os números de arrecadação.

Noticiário corporativo intenso

Anúncio do acordo Boeing-Embraer está muito próximo, disse o Globo. Decreto finalmente publicado pelo governo inclui Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização. Mas ressalva no decreto põe em risco a privatização rápida da estatal ao dizer que estudos da desestatização só começam após aprovação no Congresso, informa o Valor. Já a Enel eleva termos de oferta para aumento capital da Eletropaulo, enquanto Iberdrola considera fazer oferta maior pela distribuidora brasileira, disseram pessoas familiarizadas com os planos. Energisa altera OPA da Eletropaulo para 18/maio e mantém preço. NotreDame Intermédica fixa preço de R$ 16,50 para ação no primeiro IPO na bolsa brasileira este ano, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto. Rival Hapvida define o preço para seu IPO na próxima semana.