China planeja redução de tarifas de produtos de consumo: Fontes
(Bloomberg) -- A China planeja reduzir as tarifas de importação sobre bens de consumo como alimentos e cosméticos, disseram pessoas informadas sobre o assunto.
Os cortes de tarifas, que entrariam em vigor em 1º de julho, seriam aplicados a um número significativamente maior de linhas de produtos do que o de uma redução similar em cerca de 200 itens anunciada no ano passado, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as discussões não são públicas. Nesta semana, Pequim anunciou uma redução de tarifas sobre importações de automóveis de 25 por cento para 15 por cento, medida que também entrará em vigor em 1º de julho.
Autoridades como o presidente Xi Jinping têm sinalizado a intenção de promover uma abertura maior do vasto mercado interno do país a estrangeiros, mudança que consequentemente pode ajudar a reduzir as tensões com o governo de Donald Trump a respeito do desequilíbrio comercial. Após negociações em Washington, na semana passada, a China concordou em importar mais dos EUA, evitando por enquanto que os americanos apliquem tarifas a bilhões de dólares em produtos chineses.
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, deverá visitar Pequim no início de junho para mais uma rodada de reuniões com o objetivo de ampliar esse acordo.
Os cortes em produtos de consumo afetarão alimentos, medicamentos, produtos de saúde e cosméticos, entre outros itens, disse uma das pessoas. A composição exata dos cortes não foi finalizada e ainda está sujeita à aprovação do Conselho de Estado, o gabinete da China. O Ministério das Finanças não respondeu imediatamente a um fax enviado nesta quinta-feira em busca de comentários sobre as medidas.
Em novembro, cortes tarifários anunciados para 187 categorias de produtos de consumo ampliaram as participações de empresas como Nestlé e Danone. A medida ocorreu após o pedido de Xi, no conclave do Partido Comunista, em outubro, de que os pedidos dos cidadãos por padrões de vida mais elevados e produtos de melhor qualidade fossem atendidos.
Frente ao cenário de ameaças comerciais, que escalaram desde então, qualquer novo anúncio de tarifas chinesas mais baixas pode ser apresentado como mais uma evidência de que Pequim está fazendo sua parte em relação ao acordo fechado com Washington para a importação de mais produtos dos EUA. Na quarta-feira, Trump colocou em dúvida o descongelamento das relações entre os dois lados ao afirmar no Twitter que "será muito difícil" chegar a um acordo.
--Com a colaboração de Miao Han e Yinan Zhao.
To contact Bloomberg News staff for this story: Jing Zhao em Pequim, jzhao231@bloomberg.net;Steven Yang em Beijing, kyang74@bloomberg.net
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