Argentina eleva tarifa sobre exportações de biodiesel
(Bloomberg) -- O governo argentino elevou a tarifa sobre exportações de biodiesel nesta segunda-feira. O país tenta sanar as finanças em meio a negociações para receber uma linha de crédito do Fundo Monetário Internacional.
A taxa sobre embarques de biodiesel subiu de 8 por cento para 15 por cento, de acordo com o diário oficial. A Argentina exportou 1,65 milhão de toneladas de biodiesel no ano passado, segundo dados do governo.
O presidente Mauricio Macri tenta restaurar a confiança nas contas públicas após a depreciação do peso neste mês forçar a alta dos juros e o país a recorrer ao FMI.
O maior foco no orçamento obrigou Macri a mudar de estratégia. Até agora, ele havia reduzido tarifas de exportação, dentro de esforço para abrir a economia ao comércio internacional após mais de uma década do protecionismo defendido por seus antecessores.
O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, que lidera as conversas com o FMI, afirmou que o déficit fiscal provavelmente será menor do que a meta atual de 2,7 por cento do PIB. Alguns economistas esperam que o déficit diminua para 2,5 por cento.
Para os produtores de biodiesel, a nova tarifa chega em má hora. No ano passado, o governo dos EUA impôs sua própria tarifa sobre as importações de biodiesel da Argentina, que diminuíram 38 por cento para US$ 740 milhões. A taxação foi alterada novamente em fevereiro e agora a alíquota chega a 86 por cento. O biodiesel representou aproximadamente 16 por cento das exportações da Argentina para os EUA em 2017, segundo dados do Departamento de Comércio americano.
"A perspectiva para a indústria de exportação de biodiesel é complicada porque, com este novo nível de tarifação, as exportações serão escassas", disse Claudio Molina, diretor executivo da Associação Argentina de Biocombustíveis.
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