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Após 1 milhão de simulações, Goldman diz que Brasil ganhará Copa

Fergal O'Brien

11/06/2018 11h58

(Bloomberg) -- É o fim da natureza imprevisível do jogo bonito. O Goldman Sachs avalia que o Brasil conquistará sua sexta Copa do Mundo, baseando sua projeção em mineração de dados, aprendizado de máquinas e econometria.

O banco de investimento foi o último a aderir à animação antes do início do torneio de futebol, nesta semana. A instituição utilizou 200.000 modelos estatísticos, examinou dados sobre jogadores e desempenhos recentes das seleções e executou 1 milhão de simulações do torneio.

Como resultado, o banco prevê que o Brasil levantará o troféu em 15 de julho. Devemos lembrar que o Goldman também se inclinou pelo Brasil em 2014 (prevendo uma vitória de 3 a 1 sobre a Argentina na final). Mas naquela edição o Brasil tropeçou na semifinal, perdendo por impressionantes 7 a 1 para a Alemanha, que depois seria campeã.

Veja a explicação mais detalhada do Goldman:

"Introduzimos informações sobre características das seleções, jogadores e desempenho recente das equipes em quatro tipos de modelos de aprendizado de máquina para analisar o número de gols marcados em cada partida. Os modelos então aprendem a relação entre essas características e os gols marcados, usando placares de jogos competitivos da Copa do Mundo e da Liga dos Campeões da Europa desde 2005. Percorrendo as combinações alternativas de variáveis, temos uma ideia de quais características são importantes para o sucesso e quais ficam de lado. Com isso, usamos o modelo para prever o número de gols marcados em cada encontro possível do torneio e usamos o placar sem arredondar para determinar o vencedor." -- Goldman Sachs, junho de 2018.

Não é surpresa que o Brasil e a Alemanha sejam as seleções que aparecem com mais frequência nos modelos de projeções produzidos pelos economistas. O Danske Bank também escolheu o Brasil em sua previsão, o que daria ao país um recorde de seis títulos. O Commerzbank projeta que a Alemanha levantará seu quinto troféu.

Segundo os analistas do Goldman, a França tem uma chance ligeiramente melhor de ganhar o torneio do que a Alemanha, mas esse modelo a coloca contra o Brasil nas semifinais, razão pela qual sua campanha terminaria nessa fase.

A exemplo do Goldman, o Danske e o Commerzbank usaram uma combinação de variáveis e fizeram simulações para projetar o vencedor, mas o Danske também levou em consideração variáveis econômicas, como o PIB per capita.

O banco suíço UBS também projeta a Alemanha campeã e um estudo da Universidade de Innsbruck aponta que a Alemanha e o Brasil competirão na final, mas dá vantagem para o Brasil.

O torneio será realizado na Rússia, mas o Goldman prevê que o país-sede não conseguirá passar da fase de grupos. A previsão coincide com a projeção do Commerzbank, que argumentou que a vantagem de jogar em casa já não é tão grande quanto antigamente.