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Scrambler 1100 é diferente de qualquer outra moto da Ducati

Hannah Elliott

27/06/2018 15h20

(Bloomberg) -- A Ducati Scrambler 1100 não vem em vermelho.

Se você não conhece a Ducati, isso pode não parecer grande coisa. Mas para os fãs, o vermelho é tão fundamental para a marca quanto para as outras marcas italianas como a Ferrari ou a Valentino.

Há um motivo para isso: a fabricante de motocicletas quer que você saiba que a linha Scambler é diferente das suas outras motos -- como as potentes Monsters e Hypermotards, que parecem foguetes, e, mais obviamente, as SuperSports. Em contraste, na Scrambler -- com seu assento plano para duas pessoas e um guidão mais alto -- você se senta mais ereto e é mais alegre andando por bairros urbanos ensolarados ou em encontros românticos em pontes e túneis nos dias quentes do verão. Esse é o modelo hipster da linha, que aponta diretamente a atrair motociclistas que também podem gostar de barba aparada, jeans perfeitamente desgastados e suas variantes preferidas de café local.

A Scrambler 1100 modelo 2018 também não tem o quadro de treliça que é a marca registrada da Ducati. E também não tem, um sacrilégio ainda maior, o motor mais famoso da Ducati. Ela vem com uma escolha entre preto e amarelo ou esquemas de cores em dois tons ligeiramente suaves e um motor de 1.079 cc de refrigeração a ar, que pode desenvolver uma potência de 86 cavalos e chegar facilmente a velocidades de mais de 160 quilômetros por hora na estrada.

Potência

A 1100 que eu pilotei em Nova York na semana passada é a mais potente da linha Scrambler. Tem dois tubos de escape redondos, grossos e prateados presos sob o assento -- ao contrário de outras Scrambler, que não usam metal pesado -- e uma emaranhado de canos entrelaçados sob seu tanque amplo. É uma moto robusta para um motociclista maduro.

A coisa mais interessante de pilotar a Scrambler 1100 é como ela combina o estilo e a sensação de uma moto da década de 1960 (a época em que é baseada) com uma miríade de tecnologia moderna e sistemas de segurança que é quase excessiva.

Quando você sobe na moto e gira a chave, tudo avança rapidamente para o futuro e um universo de informatização aparece; três modos de pilotagem ajustam a resposta do acelerador e dos freios, entre outras coisas (eu usei principalmente "Urbano", porque andei pela cidade). Há também freios Bosch Cornering ABS e controle de tração, que gerenciam a maneira em que você dirige, para ajudar a prevenir acidentes, quedas ou piruetas por cima dos guidões. (Por exemplo, o controle de tração é ativado quando detecta que as rodas estão sobre uma superfície escorregadia, o que ajuda os pilotos a aproveitarem ao máximo a tração disponível na superfície do solo). O painel de instrumentos LCD com dois elementos monitora os níveis de gasolina, a distância do trajeto e o rendimento do motor; ao contrário de quase todas as outras motos fabricadas até o ano passado, as setas são desligadas automaticamente. Tem até uma tomada USB embaixo da tampa do assento para carregar seu iPhone. Ah, a modernidade.