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Preço do trigo durum continua em queda antes da safra canadense

Jen Skerritt

19/07/2018 13h36

(Bloomberg) -- O preço do trigo usado basicamente para a fabricação de massas continua em queda, em grande parte porque o maior produtor mundial não consegue se desfazer dos estoques excedentes.

Os produtores do Canadá ainda não venderam todo o trigo durum que restou da colheita anterior e além disso esperam uma nova safra abundante. Os preços estão em média 3 por cento mais baixos neste ano do que em 2017 e outras variedades de trigo tiveram aumentos no valor.

"Está muito difícil vender trigo durum no exterior no momento", disse Jerry Klassen, gerente de trading e das operações canadenses da Gap SA Grains & Produits em Winnipeg, na província canadense de Manitoba. "Temos uma safra enorme a caminho no oeste do Canadá."

A produção de trigo durum pode aumentar para 7 milhões de toneladas neste ano, abaixo apenas da safra recorde de 7,76 milhões de toneladas de 2016, segundo a Gap. Ao mesmo tempo, a demanda por exportações canadenses é fraca após as colheitas da Itália e da França e as condições de cultivo boas, no geral, na Europa, disse Klassen.

O preço médio da tonelada de trigo durum canadense em 2018 é de 355,64 dólares canadenses (US$ 270), contra uma média de 366,59 dólares canadenses na temporada 2017, e está quase 10 por cento abaixo da média de 393,51 dólares canadenses de 2016, segundo dados do governo sobre os mercados à vista da costa oeste. Em comparação, o trigo mole vermelho de inverno subiu 4,2 por cento em Chicago desde 1º de agosto devido ao risco de o clima seco afetar a produção.

As novas regras de rotulagem da Itália sobre o país de origem das massas domésticas também prejudicaram a demanda pelo trigo durum, disse Cam Dahl, presidente da associação Cereals Canada, com sede em Winnipeg, Manitoba. A Itália foi a segunda maior compradora de trigo durum canadense no ano-safra 2016-2017. As exportações caíram 52 por cento no período de agosto a maio, segundo dados do governo.

"Boa parte dessa safra ainda está nos silos dos produtores", disse Dahl. "A Itália representava 20 por cento a 25 por cento do nosso mercado e nós perdemos esse mercado."