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Credit Suisse estuda separar divisão gestão de fortunas: Fontes

Jan-Henrik Foerster e Patrick Winters

14/08/2018 13h44

(Bloomberg) -- Cerca de seis meses depois de o UBS Group decidir unir seus negócios de gestão de fortunas em uma superunidade, fontes afirmam que o rival Credit Suisse Group adotará uma abordagem diferente.

O banco planeja dividir sua unidade internacional de private banking, que atualmente está separada em quatro regiões, em sete, e cada uma delas terá sua própria administração e maior poder de decisão, de acordo com pessoas a par do assunto, que pediram para não serem identificadas porque o plano é confidencial. Um anúncio sobre a reorganização, chamada de "Project Momentum", poderia ser realizado já nesta semana, disseram.

O segundo maior banco da Suíça está chegando à fase final de uma ampla reforma de três anos que visa focar mais na gestão de fortunas do que nos voláteis serviços de investment banking. O UBS fusionou no começo do ano suas unidades de gestão de fortunas internacionais e das Américas em um negócio liderado por Martin Blessing, ex-CEO do Commerzbank, e por Tom Naratil, afirmando que essa medida ajudaria a reduzir seus custos anuais em 100 milhões de francos (US$ 101 milhões).

Tidjane Thiam, 56, criou a unidade internacional de gestão de fortunas em 2015, quando assumiu o banco que tem sede em Zurique. O lucro ajustado antes de impostos da unidade de gestão de fortunas aumentou 50 por cento desde então e caminha para atingir a meta de 1,8 bilhão de francos suíços (US$ 1,8 bilhão) até o fim do ano.

Sete regiões

As sete regiões são América Latina, Brasil, Europa Ocidental, Sul da Europa, Oriente Médio, África e Europa Central e Oriental. Não está claro se a separação levará a uma reorganização administrativa na unidade de gestão de fortunas, disseram as pessoas, acrescentando que o banco espera que uma tomada de decisão local mais rápida acelere o crescimento.

O Credit Suisse não comentou.

A estrutura regional de Thiam em private banking, que também inclui as unidades asiática e suíça, que reportam separadamente, proporcionou certo sucesso ao segundo maior banco da Suíça. No segundo trimestre, a instituição incorporou cerca de 9 bilhões de francos de ativos de private banking, enquanto alguns concorrentes registraram fluxos de saída.

Clientes do rival suíço Julius Baer Group adicionaram dinheiro novo no primeiro semestre ao ritmo mais lento desde o fim de 2016 e o UBS registrou fluxos de saída no período de três meses terminado em junho.

Repórteres da matéria original: Jan-Henrik Foerster em Zurich, jforster20@bloomberg.net;Patrick Winters em Zurique, pwinters3@bloomberg.net