CEO da Microsoft adere à petição de lei federal de privacidade
(Bloomberg) -- O CEO da Microsoft, Satya Nadella, entrou no grupo cada vez maior que pede uma lei nacional sobre privacidade nos EUA, dias depois de o Google se ter se tornado o mais recente gigante da tecnologia a revelar uma violação de dados pessoais.
"Esperamos mais a respeito de uma lei nacional de privacidade", disse Nadella em entrevista na quarta-feira à Bloomberg News da Academia Naval dos EUA em Annapolis, Maryland, onde ele falou sobre liderança com guardas-marinha.
Nadella caracterizou a privacidade como "um direito humano".
As empresas de tecnologia já enfrentam duras normas novas sobre a privacidade na União Europeia, que entraram em vigência em maio, e a Califórnia aprovou uma lei rigorosa sobre privacidade dos dados em junho. É preferível ter uma lei federal do que leis criadas por cada estado, e isso reduziria os "custos transacionais" em benefício de pequenas e grandes empresas, disse Nadella.
Seus comentários refletem uma crescente comoção por causa da privacidade depois das falhas das empresas de tecnologia. John Thune, senador republicano da Dakota do Sul e presidente do Comitê de Comércio do Senado, disse em audiência na quarta-feira que o Congresso está estudando leis de privacidade.
"Fica cada vez mais claro que a autorregulação do setor neste campo não é suficiente", disse Thune em comentários preparados.
O Google, da Alphabet, se tornou o mais recente exemplo das falhas nas proteções da privacidade nesta semana. A empresa afirmou ter detectado em março uma "falha técnica no software" de sua rede social Google+ que pode ter exposto os dados pessoais de até meio milhão de usuários, mas decidiu não informar a população até segunda-feira.
Em uma audiência no Senado em setembro, executivos das grandes empresas de tecnologia disseram ao Congresso que apoiam a criação de novas medidas de segurança federais para o consumidor. A Apple sugeriu a incorporação de seus próprios conceitos de privacidade à legislação.
AT&T e Verizon Communications, as maiores empresas de telefonia dos EUA, pediram publicamente que os legisladores redijam um conjunto de normas nacionais para a privacidade do consumidor. As operadoras, presentes em todos os estados dos EUA, receiam que a falta de uma legislação abrangente crie normas contraditórias no país.
Na entrevista, Nadella também falou sobre questões de segurança cibernética e disse que a Microsoft não foi afetada por um ataque que, conforme informado pela Bloomberg Businessweek, envolveu a manipulação na China de componentes tecnológicos fundamentais destinados aos EUA.
Sob o comando de Nadella, a Microsoft está abordando questões como a necessidade de restrições para os novos produtos de inteligência artificial e como impedir que a tecnologia interfira em eleições. Ao mesmo tempo, a gigante do software com sede em Redmond, Washington, está tentando conseguir um grande contrato de defesa.
Na terça-feira, a Microsoft afirmou que vai se colocar em pé de igualdade com a Amazon.com ao obter autorizações de segurança federal de alto nível no começo do ano que vem. Assim, a empresa poderia fortalecer sua posição em uma disputa em que o vencedor leva tudo por um contrato multibilionário de computação em nuvem do Pentágono. A Amazon Web Services já possui a certificação de segurança requerida.
As empresas de tecnologia estão se preparando para apresentar ofertas, até sexta-feira, para o contrato, que poderia durar até 10 anos e chegar a valer US$ 10 bilhões.
--Com a colaboração de Naomi Nix.
Repórteres da matéria original: Todd Shields em Washington, tshields3@bloomberg.net;Caroline Hyde em Londres, chyde3@bloomberg.net
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