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Donos de imóveis em Manhattan cedem para atrair inquilinos

Justina Vasquez

11/10/2018 15h36

(Bloomberg) -- Proprietários de imóveis em Manhattan estão oferecendo mais vantagens a potenciais inquilinos do que um ano atrás. As construtoras vêm aumentando a quantidade de imóveis disponíveis. Por outro lado, os aluguéis são mais interessantes do que comprar a casa própria por causa da alta de juros em financiamentos imobiliários e questões tributárias.

Proprietários que fazem concessões ou aceitam cobrir despesas de corretagem na ilha responderam pelo equivalente a 37 por cento dos novos contratos de aluguel em setembro ? a maior parcela em quatro meses e bem acima dos 27 por cento de um ano atrás. A informação está em um relatório divulgado nesta quinta-feira por Miller Samuel e Douglas Elliman Real Estate. Proprietários também vêm aceitando abrir mão de 1,3 mês de aluguel (1,2 mês há um ano).

Já quem sonha com a casa própria se depara com alta das taxas de financiamento e impostos maiores. Com os aluguéis mais atraentes, esse público prefere seguir no aluguel e esperar mais para comprar.

"É esse o pensamento inicial", disse Hal Gavzie, gerente-executivo de aluguéis da Douglas Elliman. Entrar em um contrato de aluguel por um ou dois anos antes de decidir comprar ajuda a "aliviar a pressão que a pessoa sente naquele momento ou se não tem muita segurança sobre determinadas coisas".

Os valores dos aluguéis em Manhattan sem concessões também estão aumentando pela primeira vez desde maio. O aluguel inicial mediano subiu 2,8 por cento de um ano para cá para US$ 3.495, enquanto o aluguel efetivo líquido - com ajuste para concessões e outros benefícios - subiu 1,8por cento para US$ 3.394. Os proprietários andam abrindo mão de receber o aluguel antes de reduzir o preço, então quando chega a hora de renovar, a base é maior.

Daqui a um ano, Gavzie acredita que a parcela de aluguéis com concessões estará próxima do nível atual por causa do estoque de imóveis ainda alto."Honestamente, está bem difícil", ele disse. "Chegou tanta oferta ao mercado que não sei se 12 meses serão suficientes para absorver tudo isso."