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China eleva projeção de importação de soja e otimismo aumenta

Bloomberg News

09/01/2019 13h26

(Bloomberg) -- A China elevou sua estimativa para as importações de soja em meio ao crescente otimismo com os avanços de um acordo entre Washington e Pequim nas reuniões entre chineses e americanos para resolver uma disputa comercial.

As compras do maior consumidor de soja do mundo para o período de 12 meses que termina em setembro provavelmente somarão 87 milhões de toneladas, 3 milhões a mais que a estimativa anterior, do mês passado, segundo o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China. O país asiático pode comprar mais 2 milhões de toneladas de soja americana depois de ter importado 3 milhões de toneladas em dezembro, segundo o centro.

A projeção mais elevada provavelmente agradará os produtores americanos, prejudicados pelo aumento das tensões comerciais quando as exportações para a China ficaram praticamente paralisadas, e podem aumentar a esperança com a possibilidade de o presidente Xi Jinping e seu colega Donald Trump estarem mais perto de resolver o impasse. Há sinais de cooperação da China, já que o país está comprando mais soja americana nesta semana.

Em Pequim, funcionários de nível intermediário de EUA e China prolongaram as discussões por um terceiro dia, aumentando as esperanças criadas pelos tuítes de Trump que afirmam que os dois lados estão avançando rumo a um acordo. Trump está cada vez mais ansioso para fechar um acordo com a China logo, segundo pessoas familiarizadas com as deliberações internas da Casa Branca.

O Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China divulgou também as seguintes estimativas para a soja, o farelo de soja, o milho e a cevada:

A produção de soja da China em 2018/2019 foi estimada em 16 milhões de toneladas, a maior desde 2006.

A demanda da China por farelo de soja em 2018/2019 pode cair 4,7 por cento no ano devido ao surto generalizado de peste suína africana, primeiro declínio desde 2006/2007. O consumo de farelo de soja em 2018/2019 foi estimado em 66,8 milhões de toneladas, contra 70,1 milhões de toneladas em 2017/2018.

O crescimento do consumo de milho da China por sua indústria de ração animal em 2018/2019 pode desacelerar porque os produtores provavelmente reduzirão os rebanhos de suínos em meio ao surto generalizado da mortal peste suína africana. O consumo é estimado em 190 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas abaixo da projeção anterior. Os surtos da doença podem incentivar fazendas de pequeno e médio porte a reduzir o reabastecimento e a manter os rebanhos de suínos em baixa.

O consumo do setor de refino foi estimado em 78 milhões de toneladas, sem alteração em relação às estimativas anteriores.

A investigação chinesa à cevada australiana pode reduzir significativamente as importações e aumentar o uso doméstico de milho pelo setor de ração animal. As importações de cevada foram estimadas em 4,5 milhões de toneladas, 3,64 milhões de toneladas menos que em 2017/2018.

To contact Bloomberg News staff for this story: Shuping Niu em Beijing, nshuping@bloomberg.net