Órgão do fundo soberano da Noruega analisa acidente da Vale
(Bloomberg) -- O conselho de ética que recomenda exclusões para o fundo soberano de US$ 1 trilhão da Noruega está analisando o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), na sexta-feira passada.
O acidente matou pelo menos 58 pessoas, com mais de 300 ainda desaparecidas. É o segundo desastre com vítimas fatais em cerca de três anos da maior produtora de minério de ferro do mundo, que deve enfrentar pressão nesta semana de autoridades e investidores.
"É óbvio que consideramos casos como este", disse Eli Ane Lund, chefe do secretariado do conselho de ética do fundo da Noruega, em entrevista por telefone na segunda-feira. "Acidentes podem acontecer com todos. Mas há o fato de que este é o segundo acidente muito grave desse tipo que afeta essa empresa."
Na vizinha Suécia, o conselho de ética do fundo de pensão público AP Funds disse no final de semana que provavelmente recomendaria uma exclusão da Vale.
Qualquer processo desse tipo na Noruega levaria tempo e envolveria o diálogo com a empresa, disse Lund, sem comentar sobre a probabilidade de resultados diferentes.
"Precisamos descobrir o que aconteceu e por que, e especialmente o que está sendo feito para garantir que coisas assim não aconteçam novamente", disse ela.
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, possuía US$ 543 milhões em ações da Vale e US$ 51 milhões em títulos no final de 2017, de acordo com os dados mais recentes disponíveis no site do Norges Bank Investment Management.
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