Falha da Apple permite escutar usuários do iPhone pelo FaceTime
(Bloomberg) -- Os clientes da Apple descobriram uma falha de software que permite que as pessoas escutem outros usuários por meio do serviço de bate-papo por vídeo da empresa, o FaceTime, em um dos maiores problemas relacionados à privacidade enfrentados pela empresa.
A falha permite que um usuário ligue para alguém pelo FaceTime e comece a ouvir automaticamente a outra pessoa antes de ela atender a chamada. A outra pessoa não sabe que quem ligou pode ouvi-la. A falha, confirmada pela Bloomberg News, ocorre quando um usuário cria uma chamada em conferência no FaceTime, coloca seu número de telefone e depois adiciona o número de outra pessoa. A falha também permite o envio de vídeo se o outro usuário clicar no botão de ligar e desligar ou em um dos botões de controle de volume.
Ainda na segunda-feira, a página de status do sistema da Apple indicou que o recurso de grupo do FaceTime está temporariamente indisponível, o que indica que a Apple desativou a falha remotamente. A empresa, que foi alvo de críticas de líderes empresariais e políticos, disse mais cedo na segunda-feira que lançaria uma atualização de software "ainda nesta semana" para corrigir o problema. Os usuários também podem desativar o FaceTime no iPhone, no iPad e no iPod touch no menu de configurações e no Mac na guia Preferências do aplicativo FaceTime.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, divulgou comunicado afirmando que a "falha do FaceTime é uma escandalosa violação de privacidade que coloca os nova-iorquinos em risco". Ele disse temer que a falha possa ser "explorada para fins inescrupulosos".
A falha surgiu no Dia da Privacidade de Dados, quando o CEO da Apple, Tim Cook, defendeu "ação e reforma para proteções de privacidade vitais". Cook, juntamente com a Apple como um todo, reforçou sua postura pró-privacidade e funcionalidade durante meses enquanto rivais como o Facebook sofriam com várias violações relacionadas a dados.
A Apple adicionou o recurso de chamada para várias pessoas pelo FaceTime no fim do ano passado por meio de uma atualização de software que foi, em parte, projetada para corrigir falhas de software anteriores.
Jack Dorsey, CEO do Twitter, recomendou que os usuários desativassem o FaceTime até a emissão de uma correção.
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