Etiópia pode triplicar produção de café em cinco anos
(Bloomberg) -- Maior produtora de café da África, a Etiópia está implantando reformas na produção e na comercialização que poderiam triplicar o rendimento em cinco anos.
O país está substituindo cafeeiros antigos e podando os existentes para que novos galhos brotem, porque as árvores se tornam menos produtivas à medida que envelhecem. Com isso, a produção poderia ficar entre 1,2 milhão de toneladas e 1,8 milhão de toneladas até 2024, contra o total estimado de 600.000 toneladas na última safra, informou a Autoridade de Café e Chá da Etiópia.
Os cafeeiros antigos ocupam em torno de 60 por cento da área produtiva de 1 milhão de hectares, e mais 1,5 milhão de hectares ainda não produzem grãos, segundo a autoridade. As árvores novas no país, onde pequenos proprietários respondem por quase toda a produção, levam de três a quatro anos para começar a produzir.
Governo, organizações não governamentais e centros de pesquisa estão ajudando a implementar as mudanças, disse Adugna Debela Bote, diretor-geral da entidade, em entrevista na capital da Ruanda, Kigali, nesta quinta-feira.
As reformas na comercialização estão ajudando os produtores a pular algumas etapas da cadeia de abastecimento, disse Bote. Isso ajudará a aumentar a renda dos agricultores, que atualmente recebem cerca de 60 por cento do preço do café, disse.
"Segundo as novas reformas, os agricultores podem exportar de forma direta", disse. "Estamos gerando conscientização e isso se materializará neste ano de produção."
A Etiópia exporta a maior parte de seus grãos para Europa e EUA e está tentando explorar novos mercados na Ásia, especialmente China, Coreia do Sul e Japão, disse Bote. A China tem potencial para receber metade das exportações da Etiópia, disse.
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