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Líderes no Congresso saem em defesa de Bebianno

Samy Adghirni e Maria Luiza Rabello

14/02/2019 15h47

(Bloomberg) -- Em meio à crise que pode provocar a primeira baixa do governo de Jair Bolsonaro, congressistas saem em defesa de Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-presidente do PSL.

"Bebianno tem meu integral apoio, foi braço direito do presidente, foi extremamente importante na campanha e tem que permanecer no cargo", disse o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO). "Não existe nenhuma acusação de nenhum crime contra ele", completou.

O atual ministro era presidente do PSL durante a campanha de 2018. O partido está sendo questionado por conta do uso de R$ 400.000 do fundo partidário em benefício de uma candidata pouco expressiva em Pernambuco. Um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos, agravou a crise ao acusar Bebianno de mentir a respeito conversas que teria tido com o presidente sobre a denúncia.

"Pelas informações que nós temos, o ministro Bebianno sempre foi muito correto com o presidente", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), acrescentando que a escolha de ministro é mais do que uma questão política. "Se tem confiança, mantenha ele no cargo, dá logo uma resposta definitiva de que confia no ministro".

Para o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), é difícil ter controle do uso do recurso eleitoral após destinação para campanha nos estados. "Ele vai se resolver com o presidente. É desconcertante para todos, mas foi escolhido para ser ministro por ser da absoluta confiança do presidente", disse o senador.

Declarações de apoio saem também do Palácio do Planalto desde quarta-feira. "O ministro Gustavo Bebianno é uma pessoa super dedicada ao projeto, é um homem sério, responsável, correto. Acho que essas coisas são naturais em um processo que está iniciando", disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), a repórteres em Brasília.

O vice presidente Hamilton Mourão afirmou que os repasses do PSL precisam ser investigados mas que, enquanto isso, Bebianno, que sempre foi leal, deve continuar ministro, diz o G1.

--Com a colaboração de Simone Iglesias.