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Mundo está mais vulnerável a crise nos EUA, alerta Citigroup

Simon Kennedy

27/02/2019 15h23

(Bloomberg) -- Uma desaceleração repentina da economia dos EUA infectaria o crescimento global e o impacto provocado agora seria maior do que antes da crise financeira, segundo o Citigroup.

Duas semanas depois de colegas do Goldman Sachs alertarem que os EUA estavam vulneráveis a uma desaceleração em outros lugares, os economistas, liderados por Catherine Mann, afirmaram que historicamente existe uma grande correlação, de cerca de 70 por cento, entre o crescimento americano e o desempenho de outras 25 economias. O fenômeno se dá, em parte, porque os EUA respondem por quase um quarto do produto interno bruto global e por 10 por cento dos fluxos de comércio mundiais.

A conclusão é que um declínio de 1 ponto percentual na expansão dos EUA reduziria o crescimento do resto do mundo em um nível similar ao longo de um ano, afirmou o Citi. Argentina, México, Taiwan e Canadá são considerados os mais expostos a uma crise nos EUA.

O estudo concluiu também que a influência dos EUA sobre o crescimento em outros lugares do mundo aumentou desde a crise financeira global. O impacto de uma desaceleração americana no trimestre posterior ao choque subiu para cerca de 0,5 ponto percentual, contra 0,3 ponto antes da turbulência de uma década atrás.

Isso poderia refletir o fato de que a expansão dos EUA tem sido mais forte do que a da zona do euro, e talvez também devido ao aumento dos fluxos de capital dos EUA para os mercados emergentes.