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A queda e ascensão dos super-ricos da Índia

P R Sanjai e Saritha Rai

08/05/2019 14h08

(Bloomberg) -- A Índia vive um de seus maiores períodos de criação - e destruição - de riqueza.

Uma nova geração de empreendedores começa a entrar nas fileiras dos mais ricos, compensando bilhões perdidos por empresários da indústria e membros de antigas dinastias, agora atolados em dívidas. Com as mudanças, o número de super-ricos da Índia deve crescer no ritmo mais rápido do mundo, segundo estimativas.

É uma mudança estimulada, em parte, por uma expansão alavancada, que deixou empresas de vários segmentos, como geradoras de energia e companhias aéreas, com US$ 190 bilhões em amargos empréstimos. Nos últimos anos, o primeiro-ministro Narendra Modi apertou o cerco contra os inadimplentes, enquanto bancos indianos assumiam o controle de ativos, uma mudança dramática para um país onde os ricos desfrutavam de proteção quase total.

Embora antigos clãs ainda dominem as listas dos mais ricos da Índia, uma economia que cresceu 10 vezes desde sua abertura, na década de 1990, gerou novos magnatas em setores como o de tecnologia. O número de bilionários na Índia mais que dobrou entre 2013 e 2018, para 119, segundo a Knight Frank. E o país deve liderar o crescimento global do número de indivíduos no segmento ultra-high, com alta estimada de 39%, para 2.697 em 2023, segundo a consultoria.

"O ambiente de negócios melhorou com o passar dos anos", disse Charles Dhanaraj, professor da Fox School of Business da Temple University, em Filadélfia. "A disponibilidade de capital de risco e private equity mudou o espaço de oportunidade para negócios promissores. Então, devemos ver mais dessas startups e scaleups nos próximos anos."

--Com a colaboração de Swansy Afonso, Anindya Upadhyay e Pei Yi Mak.

Para contatar o editora responsável por esta notícia: Patricia Xavier, pbernardino1@bloomberg.net

Repórteres da matéria original: P R Sanjai em Mumbai, psanjai@bloomberg.net;Saritha Rai em Bangalore, srai33@bloomberg.net