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Bitcoin subiu muito além de seu "valor intrínseco", segundo JPMorgan

Joanna Ossinger

20/05/2019 06h50Atualizada em 20/05/2019 09h49

(Bloomberg) -- O Bitcoin pode ter ido muito longe, segundo o JPMorgan Chase.

A criptomoeda mais conhecida do mundo subiu além de seu "valor intrínseco", espelhando um movimento semelhante ao de 2017 que precedeu uma queda, escreveram estrategistas do banco como Nikolaos Panigirtzoglou, em relatório divulgado na sexta-feira. Os estrategistas chegaram a essa conclusão avaliando o Bitcoin como uma commodity e calculando seu "custo de produção", usando insumos como energia computacional estimada, despesa com eletricidade e eficiência energética de hardware.

"Nos últimos dias, o preço real se moveu drasticamente sobre o custo marginal", escreveram. "Essa divergência entre os valores reais e intrínsecos lembra um pouco a valorização no fim de 2017 e, na época, essa divergência foi resolvida principalmente com uma redução nos preços reais."

Depois da queda em relação ao pico de dezembro de 2017, quando acima de US$ 19 mil, e sendo negociado na maior parte do primeiro trimestre abaixo de US$ 4.000, o Bitcoin iniciou uma retomada em abril, quando subiu para US$ 5.000. O rali começou este mês com a moeda digital ganhando cerca de 50%.

"Definir um valor intrínseco ou justo para qualquer criptomoeda é claramente desafiador", escreveram os estrategistas. "De fato, as visões variam, com alguns especialistas argumentando que a moeda não tem valor fundamental e outros que estimam valores justos bem acima dos preços atuais."

--Com a colaboração de Ravil Shirodkar.