Nokia avança em contratos 5G apesar de atrasos, diz CEO
(Bloomberg) -- A Nokia está conseguindo contratos "bastante generosos", apesar dos atrasos na implantação das redes de telecomunicações 5G, em meio à acirrada competição entre os três principais fornecedores do novo mercado, disse o CEO da empresa Rajeev Suri.
"Competimos favoravelmente com a Huawei, com ou sem as atuais preocupações de segurança", disse Suri em entrevista à Bloomberg TV na segunda-feira, fazendo referência às questões levantadas pelos Estados Unidos e outros países sobre a Huawei Technologies.
Contra a concorrente sueca Ericsson, "ganhamos dois terços das vezes", disse Suri, "comparado a um terço quando nos superam".
O executivo contesta preocupações de alguns analistas e executivos de que a Nokia teria ficado para trás nas fases iniciais do fornecimento de produtos para a quinta geração de redes móveis. Algumas semanas de atrasos "não são muito, na verdade" no contexto de um ciclo de 15 a 20 anos, disse Suri. No primeiro trimestre, a empresa finlandesa teve dificuldades para contabilizar a receita dos contratos que havia assinado - 42 globalmente até agora -, mas agora espera começar a reconhecer a receita "em breve".
Os clientes têm escolhido a Nokia porque a empresa pode fornecer um sistema completo de hardware - ou o que chama de redes ponta a ponta - com software e serviços, disse Suri. Cerca de 35% de suas encomendas respondiam por pedidos de ponta a ponta há um ano, e agora são cerca de 49%, disse, enquanto cerca de metade dos contratos 5G da Nokia anunciados até agora não se limita ao rádio 5G.
Clientes industriais querem "comprar o sistema" e não se importam de onde vêm os vários componentes, disse Suri. A Nokia já tem cerca de mil clientes corporativos e ganha outros 150 a 200 por ano, afirmou.
Os negócios de empresas que usam redes privadas para a Internet das coisas "serão bastante significativos", disse Suri. "Vemos grandes oportunidades em manufatura, logística, cadeias de suprimento, serviços públicos, mineração, todos os tipos de empresas de energia, água, parques eólicos, transporte, qualquer coisa."
--Com a colaboração de Caroline Hyde.
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