Empresas que empregam mais mulheres conseguem melhores retornos
(Bloomberg) -- Empregar mais mulheres pode impulsionar uma empresa no mercado acionário, segundo pesquisa do Morgan Stanley sobre a relação entre diversidade e preços das ações.
Os retornos anuais de empresas que empregam a maior proporção de mulheres ficaram 2,8 pontos percentuais acima do retorno de companhias menos diversificadas nos últimos oito anos, segundo relatório publicado na terça-feira.
Esse desempenho superior marcou um fenômeno global, apesar das grandes diferenças de igualdade de gênero entre regiões como a Europa, com cerca de 30% dos assentos de conselhos ocupados por mulheres em maio de 2019, e o Japão, com apenas 5%.
O relatório confirma pesquisas que mostram que a diversidade na força de trabalho melhora os retornos: reguladores e um número crescente de investidores em todo o mundo pressionam pelo equilíbrio entre gêneros no ambiente de trabalho. Empresas com conselhos de administração exclusivamente masculinos agora são coisa do passado entre os componentes do índice S&P 500. A Copart, que era a última empresa do índice sem uma mulher no conselho, promoveu sua diretora financeira em julho.
Pesquisadores do Morgan Stanley analisaram a porcentagem de mulheres empregadas em toda a hierarquia de quase 2.000 empresas do índice MSCI World, ajustando os números de acordo com os setores. O banco descobriu que empresas com diversidade tiveram um desempenho superior mesmo considerando fatores como tamanho, rendimento, lucratividade e risco.
A tendência foi mais destacada em empresas de mercados asiáticos desenvolvidos, com as ações classificadas no terço superior em igualdade de gênero superando o desempenho do terceiro inferior em 3,9 pontos percentuais por ano.
O Japão foi excluído do resultado porque a baixa proporção de mulheres na força de trabalho dificultou a comparação entre o terço mais diverso e o menos diverso das empresas. Ainda assim, a relação se sustentou, com um aumento anual de 0,8 ponto percentual nos retornos de empresas japonesas na metade superior dos rankings de gênero do Morgan Stanley para o país.
Em um sinal da dificuldade em medir a diversidade, apenas cerca da metade das empresas forneceu informações sobre o número de mulheres gerentes e em escalões mais baixos.
Para contatar o editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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