Boeing teme êxodo de profissionais em meio à crise do 737 Max
(Bloomberg) -- A Boeing espera que os voos com o 737 Max sejam liberados em outubro. Mas a fabricante de aviões também planeja como responder a um cenário muito pior: uma suspensão que se estenda por mais meses.
Um fator que complica a situação é a falta de mão de obra nos Estados Unidos, a mais acentuada em meio século. Com mecânicos e engenheiros experientes cada vez mais difíceis de contratar, a Boeing agora considera uma alternativa que seria usada como último recurso - uma paralisação temporária da fábrica - para preservar sua força de trabalho.
A empresa com sede em Chicago deseja evitar uma debandada de profissionais experientes na América do Norte enquanto a empresa se recupera da crise do Max. Esse é o risco se um grande número de profissionais altamente qualificados das 600 empresas nos EUA que fabricam componentes para o jato mudarem de emprego em um momento em que a taxa de desemprego está em recorde de baixa.
A empresa avalia se deve suspender a fabricação do Max por um período curto e claramente definido, segundo pessoas a par do assunto. A empresa acredita que essa abordagem economizaria dinheiro e diminuiria a probabilidade de provocar demissões generalizadas do que impor outra desaceleração da produção.
Executivos da Boeing não discutiram detalhes de como administrariam a paralisação, como pagamento de trabalhadores. Mas a ideia é que profissionais cobiçados devem preferir a certeza de uma parada cirúrgica a um período de produção mais lenta indefinido que possa levar a demissões.
"Enquanto trabalhamos para apoiar o retorno seguro do 737 Max ao serviço comercial, continuamos a avaliar nossos planos de produção e investimos na saúde de nossa força de trabalho, sistema de produção e cadeia de suprimentos", disse a Boeing em comunicado. "O mercado de trabalhadores qualificados é uma das muitas considerações em nossos processos de planejamento de cenários. Continuaremos a apoiar os empregos da indústria aeroespacial, que são de vital importância para os EUA e para a economia global."
Para contatar a editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Julie Johnsson em Chicago, jjohnsson@bloomberg.net;Jeff Kearns em Washington, jkearns3@bloomberg.net
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