Executiva no comando do Citi em Miami é cotada para posto de CEO
(Bloomberg) -- Jane Fraser não é exatamente um grande nome em Wall Street. Do escritório de Miami, ela comanda as operações do Citigroup na América Latina, uma região que gera menos de 15% da receita do banco.
No entanto, depois da renúncia de presidentes em dois dos maiores bancos do mundo nos últimos meses - primeiro, no Wells Fargo em março e, depois, no HSBC Holdings no mês passado -, o nome de Fraser tem constantemente despontado entre os possíveis candidatos para comandar as duas instituições. Essa possibilidade aumenta a antiga especulação em algumas áreas do Citigroup de que Fraser, uma executiva com uma rara combinação de experiência em estratégia bem como em bancos internacionais e consumidores, é uma sucessora em potencial do CEO Mike Corbat.
Todos os rumores geram um debate sobre o que virá a seguir para uma estrela em ascensão no terceiro maior banco dos Estados Unidos. Afinal, o HSBC sondou a executiva quando buscava um CEO há apenas dois anos, segundo pessoas próximas à empresa.
Assessores externos de bancos em fase de sucessão, que falaram sob a condição de não serem identificados discutindo assuntos internos, argumentam que o interesse dos concorrentes em Fraser, de 52 anos, aumenta o risco de o Citigroup perdê-la se a executiva não continuar avançando. No entanto, pessoas próximas ao Citigroup e analistas que cobrem o banco veem poucas razões para se preocupar. Eles esperam que Corbat permaneça por mais alguns anos, e não há sinal de que Fraser esteja interessada em sair, dando ao conselho poucos motivos para intervir.
O burburinho também chama a atenção sobre a possibilidade de uma mulher finalmente chegar ao topo de um grande banco. O setor está sob crescente pressão para melhorar a diversidade de sua liderança. Em abril, homens brancos no comando dos sete dos maiores bancos do EUA foram interrogados em uma audiência no Congresso sobre por que suas empresas nunca colocaram uma mulher na liderança. Vários, incluindo Corbat, disseram que é possível pensar na indicação de uma mulher para substituí-los.
Na semana passada, o Royal Bank of Scotland promoveu Alison Rose para o cargo de CEO, tornando-a a primeira mulher a administrar um dos quatro grandes bancos do Reino Unido. No entanto, no KeyCorp, o maior banco regional dos EUA administrado por uma mulher, a presidente Beth Mooney anunciou planos de se aposentar.
Fraser, na verdade, não quer chamar tanta atenção em sua carreira, de acordo com colegas do Citigroup. Ela não respondeu às mensagens com pedidos de comentários. Uma porta-voz da empresa, Jennifer Lowney, não quis comentar ou agendar entrevistas com executivos.
De fato, Fraser minimizou suas perspectivas de subir ao topo. Em entrevista à CNN no ano passado, ela disse que nunca teve a ambição de ser CEO do Citigroup ou de qualquer outra empresa de Wall Street, reconhecendo que seu posto atual tem muitas vantagens, pois possibilita administrar um grande banco, mas sem as críticas dos holofotes.
"Estou ansiosa para ver uma mulher sendo a primeira CEO de uma empresa de Wall Street", disse Fraser. "Quem quer que seja."
--Com a colaboração de Erik Schatzker.
Para contatar a editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Jenny Surane em Nova York, jsurane4@bloomberg.net;Hannah Levitt em N York, hlevitt@bloomberg.net
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