Escassez de níquel pode desafiar metas climáticas
(Bloomberg) -- A escassez de níquel pode frustrar as ambições globais de desacelerar o aumento das temperaturas, de acordo com a consultoria Wood Mackenzie.
O níquel extra necessário nas baterias precisa mais do que dobrar a fim de diminuir o ritmo de aumento das temperaturas, segundo as metas do Acordo de Paris de 2015, disse Andrew Mitchell, chefe de pesquisa de níquel da WoodMac, em entrevista. Com isso, há o risco de esticar a oferta mundial até o limite diante da popularização de veículos elétricos e armazenamento em baterias, afirmou.
Limitar o aumento da temperatura global a 3 graus Celsius exigiria 80 mil toneladas de níquel adicional a cada ano até 2040, de acordo com a WoodMac. A meta de 2 graus Celsius sob o Acordo de Paris eleva esse volume para 180 mil toneladas.
"É um grande salto", disse Mitchell. "Não é impossível, mas serão necessárias muitas coisas para fazer esse trabalho".
A escassez de níquel para baterias pode durar até meados da próxima década, segundo a BloombergNEF. Mineradoras, como Glencore e BHP, destacaram a importância do níquel, cobre e outras matérias-primas que serão necessárias em energia renovável e transporte movido a bateria.
"Existe muito níquel por aí, mas o processamento não é fácil" e será necessário que o preço do níquel a longo prazo chegue a US$ 19 mil para incentivar o aumento da oferta, disse Mitchell. A cotação mais recente do metal era de US$ 16.245. A média deve ser de US$ 17 mil em 2020, disse Mitchell em apresentação na quarta-feira.
To contact Bloomberg News staff for this story: Martin Ritchie Shanghai, mritchie14@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.