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Falta de mão de obra na Alemanha ameaça expansão do turismo

Iain Rogers

26/12/2019 14h30

(Bloomberg) -- O Hotel Neptun, na costa do Báltico, tem um problema de luxo conhecido por muitas empresas alemãs: uma longa lista com ofertas de emprego que precisa ser preenchida para atender à crescente demanda.

O hotel cinco estrelas em um arranha-céu à beira-mar da década de 1970, localizado em Warnemuende, está à procura de um eletricista, chefs, um garçom, uma camareira, professores de ginástica e esteticista para atender a um crescente número de hóspedes alemães e internacionais.

É uma questão que ameaça o crescimento não apenas do setor de turismo no país - a caminho do 10º ano de expansão -, mas também de vários segmentos da maior economia da Europa.

"Passar férias na Alemanha nunca esteve tão na moda", disse Guido Zoellick, gerente-geral do hotel, que também é presidente da associação alemã de hotéis e restaurantes DEHOGA.

"O sucesso contínuo não depende apenas da demanda, mas também de ter as políticas certas para o país", disse por e-mail. "Uma das tarefas mais importantes e urgentes para a indústria é atender à nossa necessidade de profissionais qualificados."

O risco representado pela falta de trabalhadores qualificados atingiu os mais altos escalões do poder. A chanceler alemã Angela Merkel realizou neste mês uma reunião especial com líderes políticos e empresariais para discutir a questão.

Em uma iniciativa para facilitar as contratações de profissionais qualificados, uma lei entrará em vigor em março para facilitar o acesso de pessoas de fora da União Europeia. O site do projeto, chamado "Make it in Germany", oferece informações para empregadores e futuros trabalhadores.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net