Goldman votará contra diretores em conselhos sem mulheres
(Bloomberg) -- A unidade de gestão de recursos do Goldman Sachs quer uma mulher em todos os conselhos de administração. E a empresa de Wall Street disse que agora está disposta a votar dessa maneira globalmente.
Em uma política global inédita, o Goldman Sachs Asset Management disse que votará contra comitês de nomeação, em qualquer lugar do mundo, que não incluam pelo menos uma mulher no conselho. Nos EUA, mais de 20% dos membros de conselhos são mulheres, portanto, a política pode ter impacto mais significativo em países como o Japão, onde uma porcentagem muito menor de empresas possui diretoras.
"Acreditamos realmente que a diversidade de pensamento nos conselhos gera resultados melhores", disse Katie Koch, cochefe da divisão de capital fundamental da Goldman Sachs Asset Management, em entrevista.
O Goldman registra mais de 11 mil votos por procuração por ano. Em 2019, a empresa de Nova York votou contra membros que lideravam o comitê de nomeação em 214 empresas dos EUA que só tinham homens no conselho. Desde então, 79 dessas empresas incluíram uma diretora.
A mudança para revisar o voto global por procuração ocorre depois de o Goldman ter dito em janeiro que só participaria de ofertas públicas iniciais de empresas que tivessem uma mulher ou representação diversa no conselho.
O Goldman também planeja pressionar empresas em todo mundo a diversificar os conselhos e, às vezes, a incluir mais de uma mulher em seus planos de engajamento. Também conectará empresas com mulheres em sua rede que seriam boas candidatas ao conselho.
"Sabemos que a diversidade gera melhor desempenho", disse Katie. "Vimos isso em nosso próprio negócio, portanto, estamos exigindo isso de nossas empresas do portfólio."
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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