Petrobras vê custo de empréstimo dobrar com petróleo e vírus
(Bloomberg) -- Com a queda global do petróleo, as empresas produtoras na América Latina mais seguras estão sendo punidas.
A Petrobras e a Ecopetrol viram os custos de empréstimos mais do que dobrarem este mês. Os títulos da Petrobras com vencimento em 2027 agora rendem cerca de 6,6%, acima dos 3,2% antes do início da guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. Os rendimentos de títulos da Ecopetrol com vencimento em 2026 subiram de abaixo de 3% para 6,6%.
Em meio à crescente incerteza econômica causada pela disseminação do coronavírus, além da guerra de preços, todas as empresas de petróleo estão sendo atingidas, diz Roger Horn, estrategista sênior de mercados emergentes da SMBC Nikko Securities America em Nova York.
O aumento nos rendimentos foi mais severo para a Petrobras e a Ecopetrol porque os títulos, que os investidores consideram apostas mais seguras, estavam sendo negociados em níveis mais altos do que os emitidos pela YPF e Pemex antes do início do colapso dos preços.
"Não é como se o risco de crédito da Petrobras dobrasse na semana passada - a empresa fez um ótimo trabalho de desalavancagem - é apenas uma empresa de petróleo com títulos relativamente líquidos", disse ele.
A Petrobras reduziu sua relação dívida líquida/Ebitda no final do ano passado para o nível mais baixo desde 2011.
Enquanto isso, a Ecopetrol reduziu a mesma relação - que é uma medida importante do endividamento - do pico de 2015. A empresa disse na terça-feira que reduzirá seu programa de investimentos planejado em US$ 1,2 bilhão este ano e reduzirá os custos operacionais em resposta à queda dos preços do Brent.
Enquanto isso, Pemex e a YPF viram índices de alavancagem subirem nos últimos anos. O rendimento dos títulos vendidos por essas empresas aumentou cerca de dois terços desde que o preço do Brent começou a cair, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
©2020 Bloomberg L.P.
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