Coronavírus: Dilema do elevador do Citi mostra desafio de reabrir escritórios
Na sede do Citigroup em Manhattan, executivos tentam resolver um problema que aflige grande parte de Wall Street: como fazer funcionários entrarem nos elevadores.
A pandemia de coronavírus só agora dá sinais de desaceleração em Nova York, e os maiores bancos do mundo estão ocupados projetando a logística para voltar a receber funcionários nas torres vazias. O Citigroup, que opera em mais países do que rivais, é emblemático das negociações nos bastidores. Com uma série de desafios à frente, alerta funcionários a esperar um retorno lento e gradual, sem datas definidas. Alguns podem passar o resto do ano trabalhando em casa.
"Vamos adotar uma visão muito personalizada ou muito local", disse o CEO Michael Corbat a funcionários on-line em mais de 50 países na semana passada, segundo pessoas que ouviram os comentários. "Você não vai acordar uma manhã ou uma noite e ver um e-mail dizendo: 'Volte ao trabalho amanhã'."
Muitos bancos de Wall Street ainda estão coletando dados e definindo detalhes antes de tomar decisões finais.
Citigroup, Goldman Sachs e JPMorgan Chase tentam descobrir como reorganizar seus lobbies e elevadores para evitar o contágio. O JPMorgan pode colocar atendentes fora dos elevadores para ajudar a pressionar botões, para que menos funcionários precisem tocar nos teclados. Goldman avalia maneiras de abrir portas sem contato, possivelmente colocando toalhas de mão que podem ser usadas para tocar as alças e depois descartadas.
Com decisões ainda a serem tomadas, alguns gerentes da ampla divisão de trading do Citigroup têm avaliado uma série de cenários, incluindo a possibilidade de que cerca de metade de sua equipe possa trabalhar em casa até dezembro. Ainda assim, um executivo do alto escalão disse que essas datas não estão sendo definidas, porque o retorno ao trabalho dependerá de como a pandemia evoluir. Pelo mesmo motivo, as datas de retorno também variam muito entre os locais.
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