NY enfrenta pesadelo no varejo com lenta retomada de Manhattan
(Bloomberg) -- Já se passaram quase dois meses desde que Manhattan começou a reabrir o comércio, mas os consumidores ainda não apareceram.
Os nova-iorquinos ricos saíram da cidade para as férias de verão ou por mais tempo. As fachadas das lojas estão cobertas no Soho, enquanto as calçadas da Times Square e da Quinta Avenida estão silenciosas em uma cidade desprovida de funcionários de escritórios e turistas que tenta emergir.
Nova York já enfrentava excesso de espaço no varejo - e a pandemia piorou a situação. A média de aluguéis solicitados em Manhattan, em queda há anos, caiu para o nível mais baixo desde 2011 no segundo trimestre, de acordo com relatório da CBRE Group. A taxa de vacância cresce nos principais distritos de compras, disse a empresa.
A crise é agravada pelos pedidos de recuperação judicial. A Brooks Brothers e a Neiman Marcus são apenas duas na crescente lista de empresas que pediram proteção contra credores, potencialmente aumentando o excesso de lojas vazias.
"É um pesadelo", disse Tom Mullaney, diretor-gerente de reestruturação da Jones Lang LaSalle. "Muitas lojas vão desaparecer e nunca mais voltar."
É fácil entender por que Manhattan está sofrendo. Funcionários de escritórios de Midtown estão em casa, e muitos devem trabalhar remotamente por meses. O mesmo se aplica ao número de turistas internacionais, com queda de 40% neste ano, de acordo com a Partnership for New Yotk City.
Além das redes nacionais, o grupo estima que cerca de um terço das 230mil pequenas empresas da cidade fecharão definitivamente, já que restaurantes e bares enfrentam dificuldades para pagar o aluguel devido ao menor número de clientes com o distanciamento social.
"O setor de restaurantes sustenta muitas partes da cidade de Nova York culturalmente, é muito difícil ver isso", disse Camille Renshaw, diretora-presidente da corretora B+E. "Muitas pessoas ganham dinheiro quando chegam à cidade pelo setor de restaurantes. Se isso não existe, como essas pessoas sobrevivem?"
©2020 Bloomberg L.P.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.