Vazamento de óleo traz nova ameaça ao turismo das Ilhas Maurício
(Bloomberg) -- O turismo nas Ilhas Maurício entrou em colapso depois das medidas de isolamento social adotadas pelo governo para controlar o surto de coronavírus. O pior desastre ecológico de todos os tempos no país pode trazer mais problemas para o setor que é o motor da economia.
O combustível de um graneleiro encalhado está poluindo ecossistemas delicados e a reserva do Parque Marinho Blue Bay, popular entre mergulhadores. O MV Wakashio derramou pelo menos 1.000 toneladas de óleo nas águas da costa sudeste da ilha depois de encalhar em 25 de julho. O tanque do navio sofreu uma rachadura após dias de mau tempo e "batidas constantes", de acordo com a proprietária Nagashiki Shipping.
O derramamento de óleo é uma ameaça para a subsistência de comunidades que dependem do oceano, e as medidas de recuperação, que o governo disse não ter iniciado imediatamente por falta de recursos, chegaram tarde demais para grande parte da fauna marinha da área.
O desastre ocorre em um momento em que o governo está sob pressão crescente para reabrir o aeroporto e resgatar a indústria do turismo, que gerou US$ 1,6 bilhão no ano passado e emprega cerca de 20% da força de trabalho do país.
"Estamos preocupados com o impacto da crise ambiental na imagem das Ilhas Maurício como destino turístico", disse Karine Curé, diretora de comunicação da New Mauritius Hotels, que controla e administra a marca Beachcomber de resorts familiares.
Antes da pandemia, cerca de 1,4 milhão de turistas por ano - mais do que a população total da ilha - visitavam seus balneários e praias de areia branca, que são a principal atração. Só nos primeiros três meses de 2020, a ilha recebeu cerca de 305 mil turistas.
Mas, no fim de março, o governo fechou abruptamente o porto e o aeroporto quando identificou os três primeiros casos do coronavírus. A polícia e o exército foram mobilizados para impor um bloqueio rigoroso uma semana depois. Embora tenha conseguido controlar o surto e manter o número de casos em apenas 344 desde abril, o governo mantém reuniões regulares com o setor privado para avaliar como pode permitir a volta dos turistas.
©2020 Bloomberg L.P.
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