Cerca de 70 índios tupinambás ocupam hotel fazenda na BA
Rio de Janeiro, 8 abr (EFE).- Cerca de 70 índios tupinambás ocupam desde a noite de ontem o Hotel Fazenda da Lagoa, na cidade de Una, no interior da Bahia, para protestar contra supostos crimes ambientais cometidos pelo estabelecimento e reivindicar a demarcação de uma área próxima, que eles alegam ser um território tradicional indígena, informou nesta segunda-feira o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Os índios acusam os proprietários do hotel, entre eles o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, de destruir um manguezal para ampliar suas instalações, segundo um comunicado da Cimi.
"Fizemos esta ação para barrar a destruição que eles (responsáveis pelo hotel) vêm fazendo dentro do nosso território, matando o nosso manguezal", disse o cacique Valdenilson Oliveira, um dos líderes tupinambás da aldeia Olivença, citado no comunicado do Cimi. Os tupinambás alegam que a devastação promovida pelo hotel já é investigada pela unidade estadual do Ibama.
O cacique acrescentou que a ocupação também tem como objetivo sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de acelerar o processo de regularização do território tupinambá na região de Olivença. Para Valdenilson, o atraso na demarcação da reserva estimula atos de violência e discriminação contra a comunidade indígena.
Os índios atribuem essa demora a pressões dos proprietários de vários hotéis que ficam entre a estrada BA-001 e as praias da região, que atraem muitos turistas.
Os tupinambás negaram que tenham feito reféns ou depredado a estrutura do hotel como alguns veículos de comunicação informaram.
Segundo a Agência Brasil, o governo enviou ao hotel uma delegação de técnicos da Funai e agentes da Polícia Federal para conversar com os tupinambás e negociar a desocupação do complexo turístico.
O coordenador da Funai na Bahia, Edinaldimar Barbosa da Silva, afirmou em entrevista à Agência Brasil que só se pronunciará sobre o ocorrido após receber o relato dos técnicos enviados ao hotel.
O Hotel Fazenda da Lagoa foi construído em uma antiga fazenda de coco e palma a cerca de 40 quilômetros de Ilhéus, no sul da Bahia, e oferece a seus hóspedes "sete quilômetros de praias particulares". EFE
cm/apc/id
Os índios acusam os proprietários do hotel, entre eles o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, de destruir um manguezal para ampliar suas instalações, segundo um comunicado da Cimi.
"Fizemos esta ação para barrar a destruição que eles (responsáveis pelo hotel) vêm fazendo dentro do nosso território, matando o nosso manguezal", disse o cacique Valdenilson Oliveira, um dos líderes tupinambás da aldeia Olivença, citado no comunicado do Cimi. Os tupinambás alegam que a devastação promovida pelo hotel já é investigada pela unidade estadual do Ibama.
O cacique acrescentou que a ocupação também tem como objetivo sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de acelerar o processo de regularização do território tupinambá na região de Olivença. Para Valdenilson, o atraso na demarcação da reserva estimula atos de violência e discriminação contra a comunidade indígena.
Os índios atribuem essa demora a pressões dos proprietários de vários hotéis que ficam entre a estrada BA-001 e as praias da região, que atraem muitos turistas.
Os tupinambás negaram que tenham feito reféns ou depredado a estrutura do hotel como alguns veículos de comunicação informaram.
Segundo a Agência Brasil, o governo enviou ao hotel uma delegação de técnicos da Funai e agentes da Polícia Federal para conversar com os tupinambás e negociar a desocupação do complexo turístico.
O coordenador da Funai na Bahia, Edinaldimar Barbosa da Silva, afirmou em entrevista à Agência Brasil que só se pronunciará sobre o ocorrido após receber o relato dos técnicos enviados ao hotel.
O Hotel Fazenda da Lagoa foi construído em uma antiga fazenda de coco e palma a cerca de 40 quilômetros de Ilhéus, no sul da Bahia, e oferece a seus hóspedes "sete quilômetros de praias particulares". EFE
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