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Trem de mercadorias entre China e Espanha completa sua 1ª viagem de volta

22/02/2015 14h01

Pequim, 22 fev (EFE).- O trem de mercadorias que une China e Espanha chegou neste domingo a seu destino no país asiático, a cidade oriental de Yiwu, e completou sua primeira viagem de volta, iniciada em Madri no último dia 29 de janeiro.

Segundo informou a agência oficial "Xinhua", o trem mercante, carregado com 64 contêineres, levou 24 dias em cobrir os mais de 13.000 quilômetros da rota "Yixinou" ("Uma nova Europa"), a linha ferroviária mais longa do mundo.

O presidente da empresa privada chinesa que promoveu o projeto, Sociedade Limitada de Investimentos Comerciais e Empresariais Aliança Celestial de Yiwu, Feng Xubin, afirmou à Agência Efe em janeiro que a ferrovia levaria produtos alimentícios espanhóis como vinho, azeite de oliva e presunto à China.

O trem empregou três dias a mais no trajeto de volta que no de ida e concluiu sua viagem em pleno feriado do Ano Novo lunar, a principal festa do gigante asiático.

A previsão da empresa impulsora do projeto era que o trem chegasse na semana passada, a tempo para abastecer as celebrações do Ano Novo chinês de produtos espanhóis.

No entanto, sua partida de Madri teve que esperar a chegada da Alemanha de contêineres especiais equipados com sistemas de calefação, necessários pela natureza de sua carga, para evitar que as gélidas temperaturas das área que atravessava estragassem a mercadoria antes de chegar ao destino.

Para chegar até Yiwu, o trem atravessou os territórios de Espanha, França, Alemanha, Polônia, Belarus, Rússia, Cazaquistão e China.

A empresa impulsora pretende, com esta iniciativa, explorar novas vias para potencializar o transporte de mercadorias entre China e Europa ao recorrer à ferrovia como alternativa, já que até agora Yiwu empregava fundamentalmente o transporte aéreo e marítimo.

Os promotores da rota "Yixinou" destacam que o transporte por ferrovia é mais lento que o aéreo, mas muito mais barato, e representa uma grande economia de tempo em relação às rotas marítimas, que são mais baratas.