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Fundo de bilionário russo desiste de apoiar fusão entre Oi e TIM

Daniel Marenco/Folhapress
Imagem: Daniel Marenco/Folhapress

25/02/2016 12h59

Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- O fundo de investimentos LetterOne, controlado pelo bilionário russo Mikhail Fridman, desistiu de apoiar uma possível fusão entre a Oi e a TIM perante a resistência desta última, informou a primeira em comunicado enviado ao mercado.

A Oi disse em sua nota à Bolsa de São Paulo ter sido informada pelo LetterOne que a TIM "não está interessada em aprofundar as negociações com relação à possível combinação de seus negócios com a Oi no Brasil".

O fundo de investimentos, com sede em Londres, mas operações concentradas na Rússia, alegou que, "sem a participação da TIM, não pode proceder neste momento com a operação como tinha sido previsto".

O LetterOne propôs em outubro injetar US$ 4 bilhões na Oi para permitir que a empresa compre a TIM, que é filial da Telecom Italia no Brasil e a segunda maior operadora de telefonia celular no país.

A oferta aconteceu porque há vários meses a Telecom Italia manifestou interesse em se desfazer de sua filial brasileira.

A Oi possui a maior rede de telefonia fixa do Brasil e é a quarta operadora do mercado móvel, atrás da Vivo (filial da espanhola Telefônica), TIM e Claro (da mexicana América Móvil).

Sua possível fusão com a TIM fortaleceria a Oi no mercado móvel e lhe daria condições de concorrer no Brasil em melhores condições com Telefônica e América Móvil, que oferecem no país telefonia fixa, telefonia celular, acesso à internet e televisão a cabo.

Segundo o fundo de investimentos, a possível fusão daria vida a "uma operadora de telecomunicações muito bem posicionada para concorrer com as empresas internacionais que já operam no Brasil".

Perante a saída do fundo de investimentos das negociações e a suposta resistência da TIM ao acordo, a Oi disse que "avaliará os impactos deste anúncio para as possibilidades de consolidação no mercado brasileiro".

Apesar do fracasso das negociações, o LetterOne garantiu que continua interessado em investir no Brasil, "um país com bom potencial de crescimento a longo prazo", apesar do atual "ambiente macroeconômico desafiador".

A capitalização que o fundo russo forneceria era necessária para que a Oi aliviasse sua elevada dívida, gerada em grande parte pelos problemas que surgiram após sua fusão com a Portugal Telecom, efetuada em 2013, mas liquidada no início de 2015, com a venda dos ativos da companhia lusa à luxemburguesa Altice.

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