Indústrias criativas têm grande potencial na América Latina, aponta BID
Nassau (Bahamas), 8 abr (EFE).- As indústrias criativas têm um grande potencial para contribuir ao bem-estar econômico e social dos países da América Latina e do Caribe, disse nesta sexta-feira o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A chefe da divisão de Assuntos Culturais, Solidariedade e Criatividade do BID, Trinidad Zaldívar, destacou em um encontro sobre cidades criativas realizado durante da Assembleia Anual do BID, nas Bahamas, que um dos ativos mais importantes da economia atual é a criatividade.
No seminário intitulado de "Cidades criativas ou kreatópolis: a revolução que está mudando como vivemos", Zaldívar citou o número dado pelo economista John Howkins, que afirmou que 6,1% do PIB mundial em 2005 eram gerados pelo setor cultural ou criativo.
No encontro sobre o que o BID chama de "economia laranja", participaram, além de Zaldívar, quatro especialistas do setor cultural e criativo da região, que destacaram o papel das indústrias do setor para melhorar o bem-estar da população.
Camille Selvon Abrahams, diretora criativa do Festival Caribenho de Animação Animae, mostrou como está utilizando a animação para ajudar jovens presos em Trinidad e Tobago a se expressas e ter uma válvula de escape para a situação que vivem.
"A animação é uma ferramenta fabulosa que vai além das histórias em quadrinhos. Podemos abordar temas realmente sérios com a animação", explicou Abrahams.
Já Lala Deheinzelin, consultora e especialista em economia criativa, explicou que um dos problemas existentes para avaliar a participação da "economia laranja" é que não há ferramentas para medir de forma efetiva setores como a economia colaborativa.
Mas o fato é que os setores da economia criativa estão crescendo no mundo todo de forma mais rápida que o conjunto da economia, por isso Zaldívar destacou que há "muitas oportunidades". "A região precisa ser mais competitiva e as indústrias criativas podem mudar isso", disse a representante do BID.
Apesar disso, e embora a América Latina esteja atrás de outras regiões do mundo no segmento, Zaldívar afirmou que estão aparecendo exemplos de desenvolvimento de indústrias criativas em toda a região, como o Porto Digital, no Recife, aos distritos tecnológicos e culturais de Buenos Aires, na Argentina.
Zaldívar também destacou que esse é o momento para "aproveitar a oportunidade" oferecida pela indústria criativa porque, caso contrário, esses cérebros criativos "abandonarão nossos países".
"A criatividade é a nova matéria-prima à qual temos que prestar mais atenção. É onde temos que investir para que não se perca o talento, porque, na atualidade, não existem ecossistemas que facilitem o desenvolvimento de iniciativas nos países da região", disse à Agência Efe a responsável cultural do BID.
Mas Zaldívar também afirmou que "o próprio mundo cultural tem que assumir que é parte do ecossistema de empreendimento e inovação". EFE
jcr/lvl/id
A chefe da divisão de Assuntos Culturais, Solidariedade e Criatividade do BID, Trinidad Zaldívar, destacou em um encontro sobre cidades criativas realizado durante da Assembleia Anual do BID, nas Bahamas, que um dos ativos mais importantes da economia atual é a criatividade.
No seminário intitulado de "Cidades criativas ou kreatópolis: a revolução que está mudando como vivemos", Zaldívar citou o número dado pelo economista John Howkins, que afirmou que 6,1% do PIB mundial em 2005 eram gerados pelo setor cultural ou criativo.
No encontro sobre o que o BID chama de "economia laranja", participaram, além de Zaldívar, quatro especialistas do setor cultural e criativo da região, que destacaram o papel das indústrias do setor para melhorar o bem-estar da população.
Camille Selvon Abrahams, diretora criativa do Festival Caribenho de Animação Animae, mostrou como está utilizando a animação para ajudar jovens presos em Trinidad e Tobago a se expressas e ter uma válvula de escape para a situação que vivem.
"A animação é uma ferramenta fabulosa que vai além das histórias em quadrinhos. Podemos abordar temas realmente sérios com a animação", explicou Abrahams.
Já Lala Deheinzelin, consultora e especialista em economia criativa, explicou que um dos problemas existentes para avaliar a participação da "economia laranja" é que não há ferramentas para medir de forma efetiva setores como a economia colaborativa.
Mas o fato é que os setores da economia criativa estão crescendo no mundo todo de forma mais rápida que o conjunto da economia, por isso Zaldívar destacou que há "muitas oportunidades". "A região precisa ser mais competitiva e as indústrias criativas podem mudar isso", disse a representante do BID.
Apesar disso, e embora a América Latina esteja atrás de outras regiões do mundo no segmento, Zaldívar afirmou que estão aparecendo exemplos de desenvolvimento de indústrias criativas em toda a região, como o Porto Digital, no Recife, aos distritos tecnológicos e culturais de Buenos Aires, na Argentina.
Zaldívar também destacou que esse é o momento para "aproveitar a oportunidade" oferecida pela indústria criativa porque, caso contrário, esses cérebros criativos "abandonarão nossos países".
"A criatividade é a nova matéria-prima à qual temos que prestar mais atenção. É onde temos que investir para que não se perca o talento, porque, na atualidade, não existem ecossistemas que facilitem o desenvolvimento de iniciativas nos países da região", disse à Agência Efe a responsável cultural do BID.
Mas Zaldívar também afirmou que "o próprio mundo cultural tem que assumir que é parte do ecossistema de empreendimento e inovação". EFE
jcr/lvl/id
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.