Em crise, indústria automobilística brasileira aposta no agronegócio
Cleyton Vilarino.
Ribeirão Preto (SP), 27 abr (EFE).- O mercado da agroindústria brasileira deverá ser um dos focos de atenção do setor automotor, que passa por um de seus momentos mais difíceis nos últimos anos, afirmou nesta quarta-feira a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A estratégia para ajudar na recuperação da indústria automobilística foi anunciada na Agrishow, feira internacional da agroindústria realizada em Ribeirão Preto, em São Paulo, pelo novo presidente da Anfavea, Antonio Megale.
A aposta na agroindústria pretende conter, em parte, a forte queda de 26% na venda de veículos e as demissões de trabalhadores do setor. O agronegócio foi o único segmento que registrou crescimento em 2015, quando a economia do país registrou retração de 3,8%.
Na atual edição da Agrishow, que começou na segunda-feira e termina na próxima sexta-feira, as empresas da indústria automobilística aumentaram sua presença, principalmente as montadoras de caminhonetes.
"Sabemos que o PIB do ano passado foi péssimo, enquanto a agroindústria subiu 2%. Por isso é importante focarmos nesse setor da economia, que vive um momento diferente e mais positivo. Todos vão querer investir, porque o negócio agrícola é uma das bases da economia e quem não estiver presente não terá sucesso", ressaltou o vice-presidente comercial da Renault no Brasil, Gustavo Schimdt.
O gerente de produtos da Toyota, Anderson Suzuki, vê a agroindústria como um mercado grande, que "pode ser ainda mais importante dentro do contexto da crise".
Além disso, indicou o executivo, o produtor rural opta por veículos de grande porte para enfrentar as precárias estradas em algumas regiões agrícolas do país.
Em vendas, o setor agrícola representa 20% do faturamento da Renault e 32% da Toyota.
"Há cinco anos que o segmento de pick-ups no Brasil cresce mais do que outros, como os de sedans. Por isso, na Renault, passamos a desenvolver um produto específico", apontou Schmidt.
A crise fez com que a população urbana deixasse de comprar carros, principalmente os populares. Dessa forma, a aposta da indústria automobilística é levar mais veículos ao campo.
No entanto, apesar dos bons números da agroindústria, a confiança reduziu, e os investimentos caíram pelos temores em relação à economia. Houve, por exemplo, uma retração de 44% na venda de máquinas agrícolas.
Apesar dessa desconfiança, Megale indicou que as colheitas agrícolas têm "margens aceitáveis" e, por isso, o agronegócio é "uma peça fundamental" para a indústria automobilística.
"Não há razão para que as vendas diminuam. Se entende que seja falta de confiança e de previsão sobre condições de crédito, por isso vamos apostar no setor agrícola", defendeu Megale.
Ribeirão Preto (SP), 27 abr (EFE).- O mercado da agroindústria brasileira deverá ser um dos focos de atenção do setor automotor, que passa por um de seus momentos mais difíceis nos últimos anos, afirmou nesta quarta-feira a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A estratégia para ajudar na recuperação da indústria automobilística foi anunciada na Agrishow, feira internacional da agroindústria realizada em Ribeirão Preto, em São Paulo, pelo novo presidente da Anfavea, Antonio Megale.
A aposta na agroindústria pretende conter, em parte, a forte queda de 26% na venda de veículos e as demissões de trabalhadores do setor. O agronegócio foi o único segmento que registrou crescimento em 2015, quando a economia do país registrou retração de 3,8%.
Na atual edição da Agrishow, que começou na segunda-feira e termina na próxima sexta-feira, as empresas da indústria automobilística aumentaram sua presença, principalmente as montadoras de caminhonetes.
"Sabemos que o PIB do ano passado foi péssimo, enquanto a agroindústria subiu 2%. Por isso é importante focarmos nesse setor da economia, que vive um momento diferente e mais positivo. Todos vão querer investir, porque o negócio agrícola é uma das bases da economia e quem não estiver presente não terá sucesso", ressaltou o vice-presidente comercial da Renault no Brasil, Gustavo Schimdt.
O gerente de produtos da Toyota, Anderson Suzuki, vê a agroindústria como um mercado grande, que "pode ser ainda mais importante dentro do contexto da crise".
Além disso, indicou o executivo, o produtor rural opta por veículos de grande porte para enfrentar as precárias estradas em algumas regiões agrícolas do país.
Em vendas, o setor agrícola representa 20% do faturamento da Renault e 32% da Toyota.
"Há cinco anos que o segmento de pick-ups no Brasil cresce mais do que outros, como os de sedans. Por isso, na Renault, passamos a desenvolver um produto específico", apontou Schmidt.
A crise fez com que a população urbana deixasse de comprar carros, principalmente os populares. Dessa forma, a aposta da indústria automobilística é levar mais veículos ao campo.
No entanto, apesar dos bons números da agroindústria, a confiança reduziu, e os investimentos caíram pelos temores em relação à economia. Houve, por exemplo, uma retração de 44% na venda de máquinas agrícolas.
Apesar dessa desconfiança, Megale indicou que as colheitas agrícolas têm "margens aceitáveis" e, por isso, o agronegócio é "uma peça fundamental" para a indústria automobilística.
"Não há razão para que as vendas diminuam. Se entende que seja falta de confiança e de previsão sobre condições de crédito, por isso vamos apostar no setor agrícola", defendeu Megale.
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