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China vê como "muito perigosa livre navegação" dos EUA em águas disputadas

28/04/2016 14h10

Pequim, 28 abr (EFE).- Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, qualificou nesta quinta-feira de "muito perigosa" a "liberdade de navegação" que os Estados Unidos defendem exercer por águas disputadas do mar da China Meridional.

As operações dos EUA e as "provocações militares" contra a China poderiam dirigir a "incidentes inesperados", acrescentou Wu Qian durante a entrevista coletiva mensal do Ministério da Defesa em Pequim.

O porta-voz garantiu que o Exército chinês "continuará monitorando cada situação no mar da China Meridional e tomará todas as medidas que sejam necessárias".

Para Wu, essa "liberdade de navegação" proclamada pelos EUA não é mais do que "uma desculpa para intervir nas disputas do mar da China Meridional", por isso que considerou que as ações dos EUA "desestabilizam a paz regional e menosprezam os interesses de segurança das nações vizinhas".

"As operações militares dos EUA no mar da China Meridional não podem parar o desenvolvimento e crescimento da China", acrescentou.

China e EUA se acusam mutuamente de militarizar essas águas, que Pequim reivindica praticamente em sua totalidade, e onde Washington acredita que a segunda economia mundial constrói infraestruturas com possível uso militar.

Neste sentido, um avião militar das Forças Aéreas chinesas aterrissou pela primeira vez há dez dias no recife Yongshu Jiao (Fiery Cross) das ilhas Spratly, que Pequim disputa com as Filipinas, Vietnã e outras nações vizinhas.

Por sua vez, a China pensa que "a maioria" de navios e aviões militares que navega pelas zonas em disputa no mar da China Meridional é americana, e acusa os EUA de ingerir nas tensões regionais.

Durante seu discurso de inauguração de um fórum regional hoje em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, enfatizou que as disputas territoriais que a China mantém com seus vizinhos pelo mar da China Meridional "devem ser resolvidas através de negociações entre os países envolvidos", em mensagem enviada para os EUA.