Afetada pelo "Brexit", libra desaba 7,5% e atinge nível mais baixo desde 1985
Londres, 24 jun (EFE).- A libra desvalorizou-se nesta sexta-feira mais de 7,5% em relação ao dólar - alcançando seu patamar mais baixo desde 1985 em um só pregão - e 6% frente ao euro, abalada pela vitória do "brexit" no referendo sobre o futuro do Reino Unido na União Europeia.
O resultado da consulta popular chegou a causar uma queda de até 11% na cotação da libra frente ao dólar, passando do máximo anual registrado ontem, de US$ 1,4877, para o mínimo, no pregão de hoje, que foi de US$ 1,3237 por volta das 5h28 (horário de Londres), seu nível mais baixo desde 1985 - naquele ano, chegou a US$ 1,0520.
Com isso, a desvalorização da moeda britânica confirmou as previsões de analistas como os da AXA Investment Management, que viam "uma queda de 10% da libra frente ao dólar", embora essa baixa tenha superado a faixa de US$ 1,36 e US$ 1,41 que foi prevista pelo economista-chefe do Saxofone Bank, Steen Jakobsen.
No entanto, ao longo da sessão, a libra se estabilizou frente ao dólar para US$ 1,3634 pouco depois das 14h, com uma queda de 8%.
No final do dia, a libra era cotada a US$ 1,375, 7,54% abaixo da cotação de ontem.
A libra também registrou sua maior perda de valor em relação ao euro desde 17 de dezembro de 2008, quando caiu 3,09%. Como ocorreu com o dólar, a libra conseguiu recuperar parte do prejuízo ao longo do pregão, terminando com queda de 6%, para 1,228 euro.
No entanto, apesar de o euro ter se fortalecido frente à libra, os analistas do mercado temem consequências negativas para a moeda europeia devido ao "brexit".
O diretor de riscos da Ebury, Enrique Díaz-Álvarez, considera que "os níveis de cotação atuais entre euro a dólar não estão levando em conta a piora do panorama político", e nas próximas semanas "a tendência do euro será consideravelmente de baixa".
Os analistas do Goldman Sachs preveem um "rendimento menor" do euro devido à incerteza pelo "brexit" e os passos que se seguirão durante o processo de saída.
O euro caiu hoje 2,16% frente ao dólar, 0,67% em relação ao franco-suíço e 5,78% no câmbio com o iene.
A protagonista do dia, a libra, também se desvalorizou em relação a estas divisas, consideradas refúgio para investidores hoje. A moeda britânica despencou 11,08% frente à divisa japonesa, para 140,02 ienes, e 6,54% no câmbio com o franco-suíço, para 1,332 francos.
As turbulências ocorridas hoje no mercado de divisas devem se repetir nos próximos dias úteis, segundo os analistas.
"Nos próximos seis meses, a libra pode se desvalorizar cerca de 10%", diz um relatório do Goldman Sachs.
Já o economista Victor Peiró, da Beka Finance, acredita que a desvalorização da divisa britânica pode ser dessa magnitude nos próximos dias.
Robert Tornabell, professor da Esade, considera que os bancos centrais "se verão obrigados a dar apoio à libra esterlina" com medidas como a compra de dívida soberana em libras e a injeção de liquidez nas bolsas e a dívida corporativa das companhias britânicas.
De fato, o Banco da Inglaterra já anunciou que vai respaldar as "facilidades de liquidez na libra e nas divisas".
No mercado de matérias-primas, o "brexit" beneficiou a cotação do ouro, que se valorizou hoje 4,79%, para US$ 1.317 a onça, e os investidores recorreram também ao bônus alemão, que voltou a taxas de rendimento negativas.
O resultado da consulta popular chegou a causar uma queda de até 11% na cotação da libra frente ao dólar, passando do máximo anual registrado ontem, de US$ 1,4877, para o mínimo, no pregão de hoje, que foi de US$ 1,3237 por volta das 5h28 (horário de Londres), seu nível mais baixo desde 1985 - naquele ano, chegou a US$ 1,0520.
Com isso, a desvalorização da moeda britânica confirmou as previsões de analistas como os da AXA Investment Management, que viam "uma queda de 10% da libra frente ao dólar", embora essa baixa tenha superado a faixa de US$ 1,36 e US$ 1,41 que foi prevista pelo economista-chefe do Saxofone Bank, Steen Jakobsen.
No entanto, ao longo da sessão, a libra se estabilizou frente ao dólar para US$ 1,3634 pouco depois das 14h, com uma queda de 8%.
No final do dia, a libra era cotada a US$ 1,375, 7,54% abaixo da cotação de ontem.
A libra também registrou sua maior perda de valor em relação ao euro desde 17 de dezembro de 2008, quando caiu 3,09%. Como ocorreu com o dólar, a libra conseguiu recuperar parte do prejuízo ao longo do pregão, terminando com queda de 6%, para 1,228 euro.
No entanto, apesar de o euro ter se fortalecido frente à libra, os analistas do mercado temem consequências negativas para a moeda europeia devido ao "brexit".
O diretor de riscos da Ebury, Enrique Díaz-Álvarez, considera que "os níveis de cotação atuais entre euro a dólar não estão levando em conta a piora do panorama político", e nas próximas semanas "a tendência do euro será consideravelmente de baixa".
Os analistas do Goldman Sachs preveem um "rendimento menor" do euro devido à incerteza pelo "brexit" e os passos que se seguirão durante o processo de saída.
O euro caiu hoje 2,16% frente ao dólar, 0,67% em relação ao franco-suíço e 5,78% no câmbio com o iene.
A protagonista do dia, a libra, também se desvalorizou em relação a estas divisas, consideradas refúgio para investidores hoje. A moeda britânica despencou 11,08% frente à divisa japonesa, para 140,02 ienes, e 6,54% no câmbio com o franco-suíço, para 1,332 francos.
As turbulências ocorridas hoje no mercado de divisas devem se repetir nos próximos dias úteis, segundo os analistas.
"Nos próximos seis meses, a libra pode se desvalorizar cerca de 10%", diz um relatório do Goldman Sachs.
Já o economista Victor Peiró, da Beka Finance, acredita que a desvalorização da divisa britânica pode ser dessa magnitude nos próximos dias.
Robert Tornabell, professor da Esade, considera que os bancos centrais "se verão obrigados a dar apoio à libra esterlina" com medidas como a compra de dívida soberana em libras e a injeção de liquidez nas bolsas e a dívida corporativa das companhias britânicas.
De fato, o Banco da Inglaterra já anunciou que vai respaldar as "facilidades de liquidez na libra e nas divisas".
No mercado de matérias-primas, o "brexit" beneficiou a cotação do ouro, que se valorizou hoje 4,79%, para US$ 1.317 a onça, e os investidores recorreram também ao bônus alemão, que voltou a taxas de rendimento negativas.
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