Empreendedor brasileiro busca vida digna para pessoas com deficiência
Teresa Bouza.
Stanford (EUA), 28 jun (EFE).- Para o empreendedor brasileiro Carlos Pereira, sua companhia é um assunto muito pessoal: ele a criou para ajudar sua filha Clara, com paralisia cerebral, a se comunicar e ter uma vida melhor, uma ajuda que ele agora quer estender a pessoas com deficiência de todo o mundo.
"Sou o pai de uma menina pequena. Ela tem oito anos e paralisia cerebral. Ela foi minha motivação. Não pode falar, nem andar, e foi meu desafio pessoal e particular criar alguma coisa para melhorar sua vida", explicou em entrevista à Agência Efe o engenheiro eletricista de 37 anos, natural do Recife.
Foi assim que ele criou a Livox, uma plataforma que permite a pessoas com deficiências motoras, auditivas e visuais expressar suas emoções através de tablets com sistema operacional Android.
"Criei a Livox há quatro anos, e atualmente temos 20 mil usuários", explicou Pereira, que participou recentemente de uma conferência sobre empreendimento e inovação organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA).
O empreendedor, que obteve recentemente um investimento de US$ 500 mil do Google, quer agora catapultar sua empresa para o próximo nível e se estabelecer em Orlando (EUA), de onde planeja sua estratégia para transformá-la em uma companhia global.
Pereira, que expandiu seus negócios recentemente também para a Arábia Saudita, disse que sua prioridade atualmente é entrar nos mercados americano e espanhol.
"Esses são dois mercados gigantes, e realmente queremos estar lá", afirmou o empreendedor, acrescentando que seu sonho é criar uma sociedade "mais justa".
"O que quero é ajudar as pessoas com deficiências a viver uma vida digna, ajudá-las a ser indivíduos produtivos na sociedade, e não um peso. Esse é o motivo pelo qual trabalho, e me fará muito feliz ajudar o maior número de gente possível", explicou o fundador da Livox, que tem 19 funcionários e planeja ampliar em breve seu elenco.
Sua filha Clara, que pressiona diferentes ícones na tela para se expressar, pode agora comunicar seus pensamentos e emoções através do software desenvolvido por seu pai.
"Minha filha não pode pegar um lápis e um papel, mas pode aprender a ler e escrever, adquirir conceitos complexos como matemática através da Livox, e isso é uma grande conquista para ela. Acredito que é só o começo", explicou Pereira, que diz ter vivido momentos "incríveis" com sua filha graças à ajuda da Livox.
"Um deles foi quando perguntei a ela se os dinossauros estavam vivos ou mortos, e me respondeu que tinham sido extintos. Perguntei como sabia e ela me disse que tinha visto o mesmo programa sobre dinossauros que eu estava vendo", afirmou o empresário.
"Eu assisti a esse programa sobre dinossauros e não sabia que ela também tinha visto", afirmou.
Para Pereira, outro dos momentos especiais foi quando perguntou a sua filha, que viu todos os filmes da Disney, com que princesa se identificava mais.
"Ela me respondeu que com Ariel, e achei que talvez fosse porque é uma sereia e não tem pernas, mas me equivoquei. Clara me disse que era porque Ariel não podia falar", disse Pereira.
A plataforma desenvolvida por Pereira, que também ajuda na aprendizagem de idiomas, ganhou prêmio como um dos melhores "apps" do mundo em inclusão social, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A conferência patrocinada pelo BID aconteceu na Cúpula Global de Empreendimento (GES), apoiada pela Casa Branca e que reuniu em Stanford 700 empreendedores de todo o mundo, além de 300 investidores, muitos deles de Vale do Silício.
Stanford (EUA), 28 jun (EFE).- Para o empreendedor brasileiro Carlos Pereira, sua companhia é um assunto muito pessoal: ele a criou para ajudar sua filha Clara, com paralisia cerebral, a se comunicar e ter uma vida melhor, uma ajuda que ele agora quer estender a pessoas com deficiência de todo o mundo.
"Sou o pai de uma menina pequena. Ela tem oito anos e paralisia cerebral. Ela foi minha motivação. Não pode falar, nem andar, e foi meu desafio pessoal e particular criar alguma coisa para melhorar sua vida", explicou em entrevista à Agência Efe o engenheiro eletricista de 37 anos, natural do Recife.
Foi assim que ele criou a Livox, uma plataforma que permite a pessoas com deficiências motoras, auditivas e visuais expressar suas emoções através de tablets com sistema operacional Android.
"Criei a Livox há quatro anos, e atualmente temos 20 mil usuários", explicou Pereira, que participou recentemente de uma conferência sobre empreendimento e inovação organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA).
O empreendedor, que obteve recentemente um investimento de US$ 500 mil do Google, quer agora catapultar sua empresa para o próximo nível e se estabelecer em Orlando (EUA), de onde planeja sua estratégia para transformá-la em uma companhia global.
Pereira, que expandiu seus negócios recentemente também para a Arábia Saudita, disse que sua prioridade atualmente é entrar nos mercados americano e espanhol.
"Esses são dois mercados gigantes, e realmente queremos estar lá", afirmou o empreendedor, acrescentando que seu sonho é criar uma sociedade "mais justa".
"O que quero é ajudar as pessoas com deficiências a viver uma vida digna, ajudá-las a ser indivíduos produtivos na sociedade, e não um peso. Esse é o motivo pelo qual trabalho, e me fará muito feliz ajudar o maior número de gente possível", explicou o fundador da Livox, que tem 19 funcionários e planeja ampliar em breve seu elenco.
Sua filha Clara, que pressiona diferentes ícones na tela para se expressar, pode agora comunicar seus pensamentos e emoções através do software desenvolvido por seu pai.
"Minha filha não pode pegar um lápis e um papel, mas pode aprender a ler e escrever, adquirir conceitos complexos como matemática através da Livox, e isso é uma grande conquista para ela. Acredito que é só o começo", explicou Pereira, que diz ter vivido momentos "incríveis" com sua filha graças à ajuda da Livox.
"Um deles foi quando perguntei a ela se os dinossauros estavam vivos ou mortos, e me respondeu que tinham sido extintos. Perguntei como sabia e ela me disse que tinha visto o mesmo programa sobre dinossauros que eu estava vendo", afirmou o empresário.
"Eu assisti a esse programa sobre dinossauros e não sabia que ela também tinha visto", afirmou.
Para Pereira, outro dos momentos especiais foi quando perguntou a sua filha, que viu todos os filmes da Disney, com que princesa se identificava mais.
"Ela me respondeu que com Ariel, e achei que talvez fosse porque é uma sereia e não tem pernas, mas me equivoquei. Clara me disse que era porque Ariel não podia falar", disse Pereira.
A plataforma desenvolvida por Pereira, que também ajuda na aprendizagem de idiomas, ganhou prêmio como um dos melhores "apps" do mundo em inclusão social, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A conferência patrocinada pelo BID aconteceu na Cúpula Global de Empreendimento (GES), apoiada pela Casa Branca e que reuniu em Stanford 700 empreendedores de todo o mundo, além de 300 investidores, muitos deles de Vale do Silício.
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