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Rio 2016 permite compra de lembranças olímpicas com anéis e pulseiras

20/08/2016 01h36

Rio de Janeiro, 19 ago (EFE).- Centenas de pessoas lotam a loja oficial dos Jogos Olímpicos aberta na praia de Copacabana, e alguns, como João Nicole, não precisam de carteira, nem cartão de crédito, porque podem pagar com uma pulseira, um anel ou com seu celular.

Os "wearables" da Visa passam por sua prova de fogo nos Jogos do Rio de Janeiro antes que seu uso comece a se estender pela região.

João comprou xícaras com o logotipo olímpico e pagou no caixa com um anel.

"Foi muito peculiar a experiência de pagar com o anel aqui nas Olimpíadas. Uma maneira nova, interessante", comentou o estudante de medicina.

Para o jovem, "este sistema é mais prático que o cartão" porque "não é preciso botar a mão no bolso, é só usar a própria mão, levar o anel para pagar".

José Coronel, diretor de pré-pagos da Visa para América Latina e Caribe, explicou à Efe que, como qualquer produto, no princípio estas possibilidades de pagamento alternativo geram surpresa e "curiosidade", mas quando o cliente entende que o funcionamento é similar ao do cartão, avaliam a proposta, seja como anel, celular ou pulseira.

"Por que é uma perfeita ideia?" - perguntou o diretor - "porque é uma grande oportunidade, uma grande ferramenta, por exemplo, para uma pessoa muito ativa, e apropriada no cenário do Rio para alguém que estivesse fazendo exercício na praia, que não leva a carteira e, com a pulseira, depois pode ir ao quiosque da praia e tomar um água de coco, por exemplo".

O produto, afirma, é "simplesmente uma modificação de seu fator de forma" e "consegue manter as mesmas características de segurança" do cartão.

"Ou seja, se for extraviado, perdido ou roubado, o indivíduo vai a realizar o mesmo processo que com os cartões de crédito tradicionais", contou.

"Não há um risco maior nem menor ao mudar o fator de forma. Contínua sendo um elemento bastante seguro", frisou Coronel.

A relação da Visa com o Comitê Olímpico como patrocinador dos Jogos há 30 anos "nos dá essa oportunidade para usar os Jogos como uma vitrine" e medir as "reações do público, mas também a resposta tecnológica do produto".

A experiência estreou na Europa, e as pulseiras já são usadas em vários países, como Espanha e Grã-Bretanha.

Para o executivo, "o processamento de transações sem contato já alcançou um nível de maturidade na Europa", onde a companhia contabilizou mais de 3 bilhões de transações dos chamados "contactless".

Sua proliferação em grandes superfícies comerciais e sua aplicação em setores determinados contribuem para a expansão deste sistema de pagamentos.

"Temos como exemplo o sistema de transporte de Londres. 400 milhões de transações não é uma ninharia", prosseguiu.

No Rio, os cartões eletrônicas com os quais os cariocas pagam ônibus, metrô, trem ou barcas podem ser usadas também para compras em lojas e restaurantes de todo o mundo, por meio de um acordo assinado pela Visa com duas empresas locais durante os Jogos Olímpicos.

No Brasil, mais de dois milhões de terminais funcionam com esta tecnologia, também utilizada em 4 mil pontos do Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

Segundo Coronel, este tipo de proposta configura uma "revolução" no sistema de pagamentos, "e sempre que falamos de revolução falamos de evolução, crescimento, transformação, uma metamorfose" com o objetivo de "lhe dar uma conveniência e um valor superior ao consumidor final.

Apesar da expansão dos meios dos "wearables", o executivo não acredita que os cartões tradicionais desapareçam a curto prazo, porque "a convivência é muito singela" entre os dois sistemas.

A Visa é o meio oficial de pagamento dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno e dos paralímpicos em virtude de um acordo assinado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1986.

No Rio, a companhia patrocina o "Visa Team", do qual participam, entre outros, os dez atletas que fazem parte da equipe / equipamento de refugiados.