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Fed vê EUA "perto de objetivos traçados" para pleno emprego e inflação

21/08/2016 13h02

Washington, 21 ago (EFE).- O vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Stanley Fischer, afirmou neste domingo que a economia americana está "perto de nossos objetivos" de pleno emprego e inflação de 2 % anual, e previu um "aumento do crescimento nos próximos trimestres".

"Estamos perto de nossos objetivos. Não só isso, o comportamento do emprego foi especialmente resistente", afirmou Fischer em discurso no Aspen Institute no Colorado, sobre a atual taxa de desemprego de 4,9%.

O "número dois" do Fed reconheceu "a preocupação" gerada "nos últimos dois anos pelos possíveis efeitos negativos" sobre a economia americana de episódios como a crise de dívida grega, a "alta do dólar de 20%", "o arrefecimento do crescimento da China e suas incertezas sobre a taxa de câmbio", as turbulências financeiras do começo do ano e o "Brexit" (a saída do R. Unido do bloco europeu).

"Mas inclusive no meio destes problemas o emprego continuou crescendo (...) Acredito que é uma conquista destacável, e talvez subvalorizada, que a economia retornou ao quase pleno emprego em um período de tempo relativamente curto após a Grande Recessão, dada a experiência histórica após um crise financeira", ressaltou.

Sobre a inflação, Fischer apontou que o comportamento tinha sido "menos positivo", mas sustentou que o indicador subjacente, que exclui os preços de energia e alimentos, está atualmente em 1,6%, muito perto da "meta de 2% anual'.

Para os próximos meses, Fischer insistiu em seu tom otimista ao prever que "o Produto Interno Bruto crescerá nos seguintes trimestres, à medida que o investimento se recupera em um surpreendente frágil ritmo e do freio da passada alta do dólar diminua".

O vice-presidente do Fed evitou em seu discurso comentar a política monetária nos EUA, e a possível alta de taxas de juros do atual categoria de 0,25% e 0,50%, embora vários de seus colegas no Banco Central voltaram a pôr sobre a mesa uma alta antes do final do ano.

O seguinte encontro do órgoa dirigido por Janet Yellen será em 20 e 21 de setembro.

No entanto, agora a atenção está voltada para a conferência de Jackson Hole (Wyoming) que começa nesta quinta-feira e que congrega banqueiros centrais de todo o mundo, e na qual Yellen oferecerá na sexta-feira um discurso sobre as perspectivas econômicas e a política monetária.