Museu do Automóvel de Bruxelas vira garagem para comemorar 100 anos da BMW
Bruxelas, 30 dez (EFE).- O museu do automóvel de Bruxelas, Autoworld, reúne uma singular coleção de carros alemães para comemorar o centenário da BMW, incluindo, entre outras raridades, um modelo de competição decorado pelo artista australiano Ken Doe e avaliado em 5 milhões de euros.
Trata-se de um dos 17 Art Cars da marca, série lançada em 1975 pelo piloto francês e colecionador Hervé Poulain que se tornou a coleção mais exclusiva do mundo, ao dar a artistas contemporâneos a tarefa de decorar um único BMW.
Entre os que já alugaram seu talento à construtora alemã estão Alexander Calder, Roy Lichtenstein, Andy Warhol, César Manrique e Jeff Koons. Em Bruxelas está exposto um BMW M3 decorado em 1989 por Doe.
"Pintei papagaios e peixes-papagaio. Os dois são formosos e podem se movimentar em velocidades inventadas", explicou o ilustrador australiano ao terminar sua colorida obra de arte, talvez a mais chamativa da mostra, que ficará aberta até o próximo dia 8 de janeiro e na qual são exibidos 95 veículos, entre carros e motos.
Algumas das peças expostas no Autoworld, situado no Parque do Cinquentenário, provêm do museu da fabricante em Munique, outras de concessionárias, clubes de motoristas e coleções privadas.
O passeio pela história da marca - que explica pouco além do tipo de motor de cada modelo ao visitante - serve para que os amantes de carros se deleitem admirando modelos como o Isetta, um microcarro fabricado nos anos 50 com porta frontal e um motor de 697 CC, ou com o esportivo M1 fabricado entre 1979 e 1981 e fruto de um projeto de parceria com a Lamborghini.
O visitante também pode apreciar um BMW 507, ou o BMW 315, que antes da Segunda Guerra Mundial tinha já um motor de seis cilindros e chegava aos 120 km/h.
Mas as principais atrações da mostra são os modelos de corridas que participaram das 24 Horas de Le Mans e da Fórmula 1, como o exemplar exposto conduzido Ralph Schumacher na temporada de 2000.
Tudo isso desde que nasceu a companhia, no dia 7 de março de 1916, a partir da fusão das fábricas de Gustav Otto e Karl Rapp, que colocaram à frente da engenharia dos motores o talentoso Max Friz. Foi ele quem desenhou um bem-sucedido motor de avião muito utilizado pelo exército alemão, com o qual a empresa decolou.
A hélice em movimento do logotipo, que começou a ser utilizado em 1917, quando a empresa passou a se chamar Bayerische Motoren Werke (BMW), lembra esse breve período na história da montadora, que terminou com assinatura do Tratado de Versalhes, ao fim da Primeira Guerra Mundial.
O acordo proibia a derrotada Alemanha de fabricar motores para aviões, levando a construtora a buscar outras saídas comerciais. Primeiro com maquinaria agrícola e depois no mercado das duas rodas. Assim, o primeiro BMW não foi um carro, mas sim uma moto, detalhe que não escapou do cinema.
A grande tela imortalizou algumas das motos mais célebres da montadora de Munique, como a BMW R71 com sidecar na qual Harrison Ford levava Sean Connery em "Indiana Jones e a Última Cruzada", ou a BMW R1200C com a qual Pierce Brosnan derrapava na pele de James Bond em "007 - O Amanhã Nunca Morre".
A elas se soma a BMW R80 na qual Michael Douglas passeava com Kathleen Turner em "A Joia do Nilo" e carros filmados na saga "Missão impossível" de Tom Cruise, nas perseguições de Robert De Niro em "Ronin" e nos passeios noturnos de Bruce Willis na série "A Gata e o Rato".
Não é do fabricante alemão o Delorian de "De Volta Para o Futuro", que muitos consideram o carro mais famoso da história do cinema. No entanto, no segundo filme da saga aparece um BMW 633 CSI tunado conduzido por Griff Tannen, neto de Biff Tannen e antagonista de George McFly, mítico personagem interpretado por Michael J. Fox.
Mas, como aceno para o que há por vir, melhor ficar com o BMW Vision Next 100, veículo-conceito que a companhia espera lançar no mercado em 25 anos. Com seu protótipo também exposto em Bruxelas, o carro foi desenhado sem volante e será totalmente autônomo, revelando o que a companhia acredita que será o futuro da mobilidade.
Trata-se de um dos 17 Art Cars da marca, série lançada em 1975 pelo piloto francês e colecionador Hervé Poulain que se tornou a coleção mais exclusiva do mundo, ao dar a artistas contemporâneos a tarefa de decorar um único BMW.
Entre os que já alugaram seu talento à construtora alemã estão Alexander Calder, Roy Lichtenstein, Andy Warhol, César Manrique e Jeff Koons. Em Bruxelas está exposto um BMW M3 decorado em 1989 por Doe.
"Pintei papagaios e peixes-papagaio. Os dois são formosos e podem se movimentar em velocidades inventadas", explicou o ilustrador australiano ao terminar sua colorida obra de arte, talvez a mais chamativa da mostra, que ficará aberta até o próximo dia 8 de janeiro e na qual são exibidos 95 veículos, entre carros e motos.
Algumas das peças expostas no Autoworld, situado no Parque do Cinquentenário, provêm do museu da fabricante em Munique, outras de concessionárias, clubes de motoristas e coleções privadas.
O passeio pela história da marca - que explica pouco além do tipo de motor de cada modelo ao visitante - serve para que os amantes de carros se deleitem admirando modelos como o Isetta, um microcarro fabricado nos anos 50 com porta frontal e um motor de 697 CC, ou com o esportivo M1 fabricado entre 1979 e 1981 e fruto de um projeto de parceria com a Lamborghini.
O visitante também pode apreciar um BMW 507, ou o BMW 315, que antes da Segunda Guerra Mundial tinha já um motor de seis cilindros e chegava aos 120 km/h.
Mas as principais atrações da mostra são os modelos de corridas que participaram das 24 Horas de Le Mans e da Fórmula 1, como o exemplar exposto conduzido Ralph Schumacher na temporada de 2000.
Tudo isso desde que nasceu a companhia, no dia 7 de março de 1916, a partir da fusão das fábricas de Gustav Otto e Karl Rapp, que colocaram à frente da engenharia dos motores o talentoso Max Friz. Foi ele quem desenhou um bem-sucedido motor de avião muito utilizado pelo exército alemão, com o qual a empresa decolou.
A hélice em movimento do logotipo, que começou a ser utilizado em 1917, quando a empresa passou a se chamar Bayerische Motoren Werke (BMW), lembra esse breve período na história da montadora, que terminou com assinatura do Tratado de Versalhes, ao fim da Primeira Guerra Mundial.
O acordo proibia a derrotada Alemanha de fabricar motores para aviões, levando a construtora a buscar outras saídas comerciais. Primeiro com maquinaria agrícola e depois no mercado das duas rodas. Assim, o primeiro BMW não foi um carro, mas sim uma moto, detalhe que não escapou do cinema.
A grande tela imortalizou algumas das motos mais célebres da montadora de Munique, como a BMW R71 com sidecar na qual Harrison Ford levava Sean Connery em "Indiana Jones e a Última Cruzada", ou a BMW R1200C com a qual Pierce Brosnan derrapava na pele de James Bond em "007 - O Amanhã Nunca Morre".
A elas se soma a BMW R80 na qual Michael Douglas passeava com Kathleen Turner em "A Joia do Nilo" e carros filmados na saga "Missão impossível" de Tom Cruise, nas perseguições de Robert De Niro em "Ronin" e nos passeios noturnos de Bruce Willis na série "A Gata e o Rato".
Não é do fabricante alemão o Delorian de "De Volta Para o Futuro", que muitos consideram o carro mais famoso da história do cinema. No entanto, no segundo filme da saga aparece um BMW 633 CSI tunado conduzido por Griff Tannen, neto de Biff Tannen e antagonista de George McFly, mítico personagem interpretado por Michael J. Fox.
Mas, como aceno para o que há por vir, melhor ficar com o BMW Vision Next 100, veículo-conceito que a companhia espera lançar no mercado em 25 anos. Com seu protótipo também exposto em Bruxelas, o carro foi desenhado sem volante e será totalmente autônomo, revelando o que a companhia acredita que será o futuro da mobilidade.
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