Chile resgata do ostracismo funcionalidades de planta "milagrosa"
Marcial Campo Maza.
Santiago (Chile), 16 nov (EFE).- Da raiz à flor, o topinambur tem propriedades "milagrosas". A planta, que segundo especialistas possui extraordinárias qualidades nutricionais e curativas, há alguns anos foi resgatada do esquecimento por uma empreendedora chilena.
Na cidade de San Vicente de Tagua Tagua, na região rural e a 150 quilômetros de Santiago, mora Rosella Ponce, uma agricultora que descobriu o topinambur quase que por acaso, depois de sofrer uma fibromialgia, síndrome que provoca dor e fraqueza muscular generalizada.
"Comecei a pesquisar e descobri que o topinambur era bom para os meus problemas de saúde e para outros, como a diabetes. Esta planta me ajudou e o sabor dela é muito bom", afirmou à Agência Efe.
Rico em inulina - um açúcar não é absorvido pelo corpo -, o tubérculo tem um grande potencial medicinal por também conter lactobacilos e ter propriedades que controlam os níveis de colesterol. Por esta razão, acadêmicos do Centro de Desenvolvimento Industrial (CDTA) da Universidade de Concepción, em Bío-Bío, estão estudando o impacto, os benefícios e o potencial desta planta.
De acordo com o diretor da CDTA, Rudi Radrigán, a alcachofra-girassol - como também é conhecida - funciona como um prebiótico que ajuda à flora intestinal, o que, com o tempo, facilita a absorção dos nutrientes pelo organismo e reduz as dores provocadas pela artrite e pela síndrome do intestino irritável.
Rosella Ponce cultiva a planta graças ao financiamento da Corporação de Fomento (Corfo), uma agência do governo do Chile, vinculada ao Ministério da Economia, que tem a função de apoiar o empreendimento e a inovação. A agricultora também conta com o apoio do governo da região de O'Higgins, onde tem um lote, encravado numa área de terras férteis.
De acordo com engenheiro de alimentos César Quezada, assessor técnico da Nutramore, a empresa que comercializa o produto, a forma de produção também agrega valor.
"A produção é feita de forma limpa, livre de agrotóxicos e com um processo de desidratação a baixas temperaturas, garantindo a preservação dos nutrientes", ressaltou ele.
O topinambur é original da América do Norte e no início do século 17 foi levado à Europa, onde foi usado como alimento para o gado e para os seres humanos. No século passado, o cultivo foi empregado para atenuar a severa escassez de alimentos após a II Guerra Mundial, tal como ocorreu dois séculos antes quando a batata, natural da América do Sul, foi usada em tempos de crise de fome.
Atualmente, o topinambur, cujas sementes podem ser encontradas no sul do Chile, não dura mais de cinco meses em estado natural. Por este motivo, Rosella Ponce processa o tubérculo em baixas temperaturas para evitar que perca as propriedades e agora consegue disponibilizar a planta em pó e em flocos.
Santiago (Chile), 16 nov (EFE).- Da raiz à flor, o topinambur tem propriedades "milagrosas". A planta, que segundo especialistas possui extraordinárias qualidades nutricionais e curativas, há alguns anos foi resgatada do esquecimento por uma empreendedora chilena.
Na cidade de San Vicente de Tagua Tagua, na região rural e a 150 quilômetros de Santiago, mora Rosella Ponce, uma agricultora que descobriu o topinambur quase que por acaso, depois de sofrer uma fibromialgia, síndrome que provoca dor e fraqueza muscular generalizada.
"Comecei a pesquisar e descobri que o topinambur era bom para os meus problemas de saúde e para outros, como a diabetes. Esta planta me ajudou e o sabor dela é muito bom", afirmou à Agência Efe.
Rico em inulina - um açúcar não é absorvido pelo corpo -, o tubérculo tem um grande potencial medicinal por também conter lactobacilos e ter propriedades que controlam os níveis de colesterol. Por esta razão, acadêmicos do Centro de Desenvolvimento Industrial (CDTA) da Universidade de Concepción, em Bío-Bío, estão estudando o impacto, os benefícios e o potencial desta planta.
De acordo com o diretor da CDTA, Rudi Radrigán, a alcachofra-girassol - como também é conhecida - funciona como um prebiótico que ajuda à flora intestinal, o que, com o tempo, facilita a absorção dos nutrientes pelo organismo e reduz as dores provocadas pela artrite e pela síndrome do intestino irritável.
Rosella Ponce cultiva a planta graças ao financiamento da Corporação de Fomento (Corfo), uma agência do governo do Chile, vinculada ao Ministério da Economia, que tem a função de apoiar o empreendimento e a inovação. A agricultora também conta com o apoio do governo da região de O'Higgins, onde tem um lote, encravado numa área de terras férteis.
De acordo com engenheiro de alimentos César Quezada, assessor técnico da Nutramore, a empresa que comercializa o produto, a forma de produção também agrega valor.
"A produção é feita de forma limpa, livre de agrotóxicos e com um processo de desidratação a baixas temperaturas, garantindo a preservação dos nutrientes", ressaltou ele.
O topinambur é original da América do Norte e no início do século 17 foi levado à Europa, onde foi usado como alimento para o gado e para os seres humanos. No século passado, o cultivo foi empregado para atenuar a severa escassez de alimentos após a II Guerra Mundial, tal como ocorreu dois séculos antes quando a batata, natural da América do Sul, foi usada em tempos de crise de fome.
Atualmente, o topinambur, cujas sementes podem ser encontradas no sul do Chile, não dura mais de cinco meses em estado natural. Por este motivo, Rosella Ponce processa o tubérculo em baixas temperaturas para evitar que perca as propriedades e agora consegue disponibilizar a planta em pó e em flocos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.