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Rússia reconhece que detectou alta concentração de Rutênio-106 no país

21/11/2017 08h26

Moscou, 21 nov (EFE).- A agência de meteorologia russa Rosguidromet reconheceu que os sistemas de observação de radiação do país detectaram uma concentração alta na atmosfera de Rutênio-106 em várias regiões da Rússia, embora não tenha esclarecido as causas.

"O fato ocorreu, mas a concentração foi centenas ou milhares de vezes inferiores aos limites aceitáveis. Ou seja, não há nenhum perigo", disse nesta terça-feira aos jornalistas Maxim Yakovenko, diretor da Rosguidromet.

Yakovenko afirmou que no final de setembro, os sistemas automáticos de observação da Rússia detectaram o aumento da concentração de Rutênio-106 não só na Rússia, mas também nos países vizinhos Polônia, Romênia, Bulgária e Ucrânia.

"Quanto à fonte (de emissão), não estamos buscando isso ainda por uma razão muito simples. Para que buscar quando não há perigo?", acrescentou.

Segundo um comunicado da Rosguidromet postado no site, "o isótopo radiativo Rutênio-106 foi detectado por duas estações de observação" na zona do sul dos Urais entre 25 de setembro e 1 de outubro.

Depois, a radiação foi detectada em Tartária e mais tarde em todos os países europeus.

Foram as autoridades de controle nuclear francesas que deram a voz de alarme e consideraram que a origem dos elevados níveis de radiação detectada em diversos países do continente no final de setembro e princípios de outubro estava na Rússia, entre os rios Volga e Ural.

As conclusões do Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) francês estabelecido por causa dos níveis de Rutênio-106 detectados em diversas estações de medição e dos dados meteorológicos estimaram esse ponto como fonte da nuvem radiativa.

O episódio afetou "a maioria de países europeus" entre 27 de setembro e 13 de outubro.

A agência estatal nuclear russa Rosatom afirmou que nas suas instalações "não houve nenhum incidente ou defeito" que pudesse ter levado ao aumento dos níveis do isótopo radiativo Rutênio-106 na atmosfera.

No entanto, o Greenpeace Russia pediu à Promotoria que verifique se houve um colapso nuclear no sul dos Urais, já que perto de uma das estações que detectou o aumento de radiação está localizado o complexo nuclear de Mayak, pertencente à Rosatom.

Atualmente é uma grande fábrica de reprocessamento de combustível nuclear usado, mas em 1957 no local aconteceu a explosão de Kyshtym, considerado o terceiro acidente nuclear mais perigoso registrado depois de Fukushima (Japão) e Chernobil (Ucrânia).