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Tecnologia que procura suprir energia fóssil deverá ser testada até 2025

21/06/2018 12h52

Paris, 21 jun (EFE).- O projeto ITER, cuja meta é demonstrar a viabilidade da fusão nuclear como fonte de energia alternativa à fóssil, confirmou nesta quinta-feira seu objetivo de realizar seu primeiro teste, batizado como Primeiro Plasma, até 2025.

A reunião do seu conselho, inaugurada ontem e encerrada hoje na cidade francesa de Saint Paul Lez Durance, na Costa Azul, validou esse programa baseado no bom avanço das obras, que estão 55% construídas.

O ITER, um dos maiores projetos científicos do mundo, pretende reproduzir as reações de fusão que acontecem no Sol e demonstrar que a energia de fusão é científica e tecnologicamente possível.

O seu nome significa caminho em latim e é o acrônimo em inglês de reator termonuclear experimental internacional.

Para produzir a fusão atômica, o combustível deve atingir temperaturas de cerca de 100 milhões de graus centígrados no reator experimental, o que deixa a matéria em um estado similar ao gasoso, denominado plasma.

A dificuldade, segundo os especialistas, consiste em se obter o confinamento do plasma durante um tempo suficientemente longo com um volume discreto para poder gerar energia.

O conselho destacou hoje em comunicado que houve "progressos substanciais" na fabricação de componentes complexos, como os poderosos ímãs supercondutores (conhecidos como bobinas de campo toroidal), que confinam o plasma superquente.

Além disso, anunciou que na reunião foram aprovadas melhorias na estratégia de construção, que otimizarão a instalação dos equipamentos no prédio do tokamak, a máquina experimental concebida para explorar a energia da fusão.

Essa câmara de vácuo está previsto que tenha 30 metros de altura e outros tantos de diâmetro, um peso de 23 mil toneladas e, abrigará 840 metros cúbicos de plasma que atingirá uma temperatura de 150 milhões de graus.

Europa, China, Japão, Índia, Coreia do Sul, Rússia e EUA, que representam 80% do PIB mundial e a metade da população da Terra, participam deste projeto, avaliado em pelo menos US$ 14,9 bilhões, a metade correspondente aos países europeus.

O objetivo, segundo seus impulsores, é conseguir uma energia limpa, abundante, segura e barata para dar resposta ao desafio energético do futuro.